A rodovia PE-060, principal eixo rodoviário de acesso ao Litoral Sul de Pernambuco, junto com a BR-101, terá um trecho restaurado pelo governo do Estado.
O investimento será de R$ 24,5 milhões e abrangerá 3,4 quilômetros entre a ponte sobre o Rio Meireles, na cidade de São José da Coroa Grande, e a divisa com o Estado de Alagoas.
Para quem não sabe, a PE-60 está no pacote de rodovias que serão concedidas à gestão e operação privadas. O pacote de concessões é um investimento privado de R$ 2,2 bilhões a ser aplicado no período de 30 anos.
Mas o trecho que será restaurado pelo Estado não faz parte do pacote de concessões, que no caso da PE-60 compreende 86,5 quilômetros, entre o Cabo de Santo Agostinho e São José da Coroa Grande.
Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE), a expectativa é que os trabalhos na PE-60 sejam iniciados em novembro deste ano.
O edital para contratação de empresa de engenharia para execução das obras foi publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (10/8).
COMO SERÁ A OBRA NA PE-60
As obras vão ampliar a medida da pista principal da rodovia, que passará a ter 14 metros de largura, sendo sete em cada sentido. Além disso, a intervenção, por ser executada em um perímetro urbano importante para o desenvolvimento do eixo Sul do Estado, contará com a implantação de calçadas em ambos os lados da via e de uma ciclofaixa.
Serão beneficiados mais de 22 mil moradores da localidade e turistas que transitam entre as cidades limítrofes. Os trabalhos deverão ser realizados em até 180 dias, após a assinatura da ordem de serviço.
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A PROPOSTA DE PEDÁGIO
A proposta, elaborada pelo BNDES sob coordenação da Secretaria de Planejamento de Pernambuco (Seplag), prevê a cobrança de pedágio em três rodovias estaduais: PE-60, a mais famosa; a PE-90, que liga Toritama, no Agreste, ao município de Carpina, na Zona da Mata Norte; e a PE-50, que conecta Limoeiro à BR-232, em Vitória de Santo Antão, também no Agreste pernambucano.
A licitação pública será para as três rodovias que serão concedidas juntas. Ou seja, a futura concessionária assumirá a operação e manutenção das três. A concorrência estava para ser lançada ainda no primeiro semestre, mas atrasou porque está sob análise da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
O sistema rodoviário que será concedido pelo governo de Pernambuco atravessa 21 municípios, que totalizam uma população de aproximadamente um milhão de pessoas. O maior trecho é o da PE-090, com 107,6 km. Já o trecho da PE-060 tem 86,5 km e o da PE-050 tem 40,5 km.
Do total de recursos previstos para o projeto, R$ 1,13 bilhão serão investimentos nas rodovias e R$ 1,12 bilhão serão serviços prestados aos condutores que usarem as PEs.
No pacote de intervenções, a construção de 80,7km de implantação de multivias (duas pistas com duas faixas de tráfego por sentido com separador físico), e 8,1 km de terceiras faixas.
Também serão construídas 14 pontes e 2 viadutos, alargadas mais 37, e instaladas 53,4 km de novas defensas metálicas. E ainda haverá a implantação de acostamento em mais de 50% do trecho (118 km), 38 dispositivos em interseção (5 retornos em “X”, 11 rotatórias, 20 rotatórias alongadas e 2 trombetas), 18 km de passeios em perímetros urbanos e 86 pontos de ônibus.
DUPLICAÇÃO PARCIAL
As rodovias não serão totalmente duplicadas - é fundamental informar esse detalhe, já que sempre que se fala em estradas pedagiadas, a população associa imediatamente à duplicação.
Pela proposta, a PE-60, por exemplo, terá praticamente metade da extensão em pista dupla - dos 86,5 km, 44,70 km serão duplicados. Além disso, terá o acostamento implantado em 25 km e a terceira faixa em outros 3,6 km. Já a PE-90, a segunda mais importante do pacote de concessões, terá 36,10 km em pista dupla dos 107,6 km que compõem sua extensão.
Também terá acostamento implantado em 53 km e a terceira faixa em outros 4,4 km. A PE-50, por outro lado, não será duplicada nos 40,5 km de extensão. Mas ganhará acostamento em 39 km.