A prioridade à mobilidade sustentável é mais uma das missões do futuro presidente do Brasil e dos governadores estaduais. Embora sejam ações que efetivamente acontecem nas cidades e, por isso, dependem dos prefeitos, são as legislações federais e estaduais que podem e devem direcionar políticas que estimulem a ampliação dos projetos para a ciclomobilidade e a mobilidade a pé.
Com o objetivo de disseminar um pensamento mais sustentável entre os futuros gestores e legisladores, entidades e ativistas do setor lançaram a Carta Compromisso à Mobilidade Sustentável.
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O documento foi produzido por cinco organizações brasileiras e reúne 16 ações urgentes que devem ser executadas pelo governo federal para mudar o paradigma da mobilidade e tornar a locomoção cotidiana da população menos poluente, mais segura, humana e eficiente.
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Somente a segurança viária recebeu cinco propostas. E não é para menos. A violência no trânsito, provocada pela fraca fiscalização e os desrespeitos à legislação, mata 32 mil pessoas por ano no País. Entre as principais propostas, as organizações pedem a redução dos limites de velocidade nas ruas e avenidas das cidades para 40 km/h, 20 km/h a menos do que os 60 km/h atuais - raramente respeitado, vale ressaltar.
OS NÚMEROS DA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
R$ 9 a 12 bilhões é o custo total das tragédias de trânsito, segundo estudo do Ipea
75% da ocupação dos leitos de trauma em hospitais públicos é com vítimas do trânsito
60% é o percentual da ocupação dos leitos do SUS
R$ 1,5 trilhão foi o custo do Brasil com a violência do trânsito em meados dos anos 2000
“Se a próxima pessoa que ocupar a Presidência agir só para reduzir a mortalidade causada por colisões e atropelamentos, o Brasil pode economizar de R$ 9 a 12 bilhões por ano que é o custo total das tragédias de trânsito, segundo estudo do Ipea publicado em 2020”, alerta Ruth Souza, da União de Ciclistas do Brasil (UCB).
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O cumprimento das metas do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS) também é citado no documento. “Com menos pessoas lesionadas, haveria uma contribuição imensa para a saúde pública, já que até 75% da ocupação dos leitos de trauma em hospitais públicos e 60% dos leitos do SUS são por vítimas da violência do trânsito, segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia ”, reforça Ruth Costa.
CONFIRA as propostas na íntegra
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Esta é a quarta edição da Campanha Mobilidade Sustentável nas Eleições, uma iniciativa da Associação G-14 – Pós Poliomielite, Cidadeapé, Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), Redes Vidas Ativas e União de Ciclistas do Brasil.
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