ELEIÇÕES 2022 - DESAFIOS

ELEIÇÕES 2022: mobilidade sustentável precisa ser prioridade para salvar vidas e reduzir custo da saúde pública com o trânsito

As organizações pedem, entre outras ações, a redução dos limites de velocidade nas ruas e avenidas das cidades para 40 km/h. Brasil poderia economizar de R$ 9 a R$ 12 bilhões por ano com as vítimas do trânsito

Roberta Soares
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Roberta Soares
Publicado em 04/09/2022 às 8:30 | Atualizado em 04/09/2022 às 12:40
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A prioridade à mobilidade ativa é mais uma das missões do futuro presidente do Brasil e dos governadores estaduais - FOTO: Foto: Bobby Fabisak
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A prioridade à mobilidade sustentável é mais uma das missões do futuro presidente do Brasil e dos governadores estaduais. Embora sejam ações que efetivamente acontecem nas cidades e, por isso, dependem dos prefeitos, são as legislações federais e estaduais que podem e devem direcionar políticas que estimulem a ampliação dos projetos para a ciclomobilidade e a mobilidade a pé.

Com o objetivo de disseminar um pensamento mais sustentável entre os futuros gestores e legisladores, entidades e ativistas do setor lançaram a Carta Compromisso à Mobilidade Sustentável.

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O documento foi produzido por cinco organizações brasileiras e reúne 16 ações urgentes que devem ser executadas pelo governo federal para mudar o paradigma da mobilidade e tornar a locomoção cotidiana da população menos poluente, mais segura, humana e eficiente.

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Somente a segurança viária recebeu cinco propostas. E não é para menos. A violência no trânsito, provocada pela fraca fiscalização e os desrespeitos à legislação, mata 32 mil pessoas por ano no País. Entre as principais propostas, as organizações pedem a redução dos limites de velocidade nas ruas e avenidas das cidades para 40 km/h, 20 km/h a menos do que os 60 km/h atuais - raramente respeitado, vale ressaltar.

BRENDA ALCÂNTARA/JC IMAGEM
Somente a segurança viária recebeu cinco propostas das entidades que defendem a mobilidade sustentável - BRENDA ALCÂNTARA/JC IMAGEM

OS NÚMEROS DA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL

R$ 9 a 12 bilhões é o custo total das tragédias de trânsito, segundo estudo do Ipea

75% da ocupação dos leitos de trauma em hospitais públicos é com vítimas do trânsito

60% é o percentual da ocupação dos leitos do SUS

R$ 1,5 trilhão foi o custo do Brasil com a violência do trânsito em meados dos anos 2000

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Se a próxima pessoa que ocupar a Presidência agir só para reduzir a mortalidade causada por colisões e atropelamentos, o Brasil pode economizar de R$ 9 a 12 bilhões por ano, que é o custo total das tragédias de trânsito", Ruth Souza, da União de Ciclistas do Brasil (UCB) - DIVULGAÇÃO

“Se a próxima pessoa que ocupar a Presidência agir só para reduzir a mortalidade causada por colisões e atropelamentos, o Brasil pode economizar de R$ 9 a 12 bilhões por ano que é o custo total das tragédias de trânsito, segundo estudo do Ipea publicado em 2020”, alerta Ruth Souza, da União de Ciclistas do Brasil (UCB).

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O cumprimento das metas do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS) também é citado no documento. “Com menos pessoas lesionadas, haveria uma contribuição imensa para a saúde pública, já que até 75% da ocupação dos leitos de trauma em hospitais públicos e 60% dos leitos do SUS são por vítimas da violência do trânsito, segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia ”, reforça Ruth Costa.

CONFIRA as propostas na íntegra

Veja também a campanha da Ameciclo

Esta é a quarta edição da Campanha Mobilidade Sustentável nas Eleições, uma iniciativa da Associação G-14 – Pós Poliomielite, Cidadeapé, Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), Redes Vidas Ativas e União de Ciclistas do Brasil.

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