Na manhã desta quinta-feira (6), está acontecendo um protesto no bairro do Pina, na Zona Sul da cidade do Recife.
Toda a movimentação está causando um grande engarrafamento na região e, inclusive, várias pessoas estão descendo dos transportes públicos e fazendo o resto do trajeto a pé.
A mobilização está concentrada na Ponte Paulo Guerra, conhecida popularmente como “Ponte do Pina”, ligação da região central para a parte sul da cidade.
De acordo com uma manifestante, o motivo do protesto é a promessa de entrega de moradias que ainda não foi cumprida pela Prefeitura do Recife e Caixa Econômica.
Os protestantes são moradores de palafitas do bairro do Pina e a cobrança é pela entrega de um residencial que ficaria localizado no antigo terreno do Aeroclube:
“Houve no ano de 2022 um cadastramento de moradores, que possuem cadastro desde 2007, fazendo a promessa de que em novembro iriam ser entregues casas”.
Porém, a entrega vem sendo adiada pelo o que ela detalha, a previsão inicial “passou para fevereiro. Depois disso, passou para abril e nada aconteceu”.
O descontentamento apenas aumentou com a falta de resposta da Prefeitura do Recife e da Caixa Econômica Federal, segundo ela.
Inclusive, foi solicitado que não fosse feito melhorias nas palafitas onde essas pessoas vivem:
“A promessa é que aguardemos as chaves. Palafitas estão caindo e eles falaram que não era para construir, não era para fazer nada. Ninguém vem até o nosso bairro falar a respeito e nem dar algum papel”.
A Prefeitura do Recife respondeu o contato da reportagem enviando uma nota oficial. Confira na íntegra o comunicado sobre o impasse abaixo:
“A Prefeitura do Recife informa que, na próxima segunda-feira (10), receberá uma comissão de moradores do Pina para tratar das moradias dos conjuntos habitacionais Encanta Moça I e II, que estão em construção, ambos no bairro do Pina.
Técnicos das secretarias de Habitação e de Governo e Participação Social juntamente com representantes da Autarquia de Urbanização do Recife (URB) vão prestar esclarecimentos em relação às informações cadastrais repassadas à Caixa Econômica Federal (CEF), órgão responsável por avalizar e selecionar os futuros moradores contemplados com essas moradias, a partir de critérios socioeconômicos próprios do banco para a questão de habitação popular válido para todo o Brasil. No Recife, estão em curso ações para construção de 2.500 unidades habitacionais, que estão em fase obras, licitação e projeto.
Até o final deste ano, deverão ser entregues, 448 unidades do habitacional Vila Brasil, no bairro da Ilha Joana Bezerra, o habitacional Sérgio Loreto, no bairro de São José, com 244 unidades, além das 600 unidades habitacionais do Encanta Moça, no Pina. Em fase de licitação e de projeto estão cerca de 400 unidades na comunidade do Pilar (bairro do Recife) e 75 unidades no habitacional Vila Esperança, no Monteiro.
A gestão municipal reitera, por fim, que sempre está aberta ao diálogo com quaisquer movimentos sociais da cidade, com vistas na melhoria da qualidade de vida das pessoas.”
Confira também a nota oficial na íntegra da Caixa Econômica Federal:
“A CAIXA informa que os residenciais Encanta Moça I e II, localizados em Recife (PE), foram contratados no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida – Faixa I – Recursos FAR, com a empresa Exata Engenharia, responsável pela obra.
O banco esclarece que o cadastro, indicação e seleção dos beneficiários é atribuição da Prefeitura, que deve observar os critérios estabelecidos pelo Programa Minha Casa, Minha Vida e regras das portarias do Ministério das Cidades.
Cabe à CAIXA verificar se os indicados se enquadram nas regras do Programa no momento da apresentação da demanda pelo Ente Público.
A CAIXA informa ainda que a data de entrega dos empreendimentos é definida somente após conclusão das obras, legalização do empreendimento, aceite das concessionárias e execução da infraestrutura necessária, de forma a garantir a habitabilidade.”