Em visita a Pernambuco nesta sexta-feira (19/5), o ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que o governo federal vai assumir parte das obras do chamado Arco Metropolitano, corredor rodoviário metropolitano que seria alternativa ao grande volume de veículos pesados que circulam no contorno urbano da BR-101 na Região Metropolitana do Recife.
Segundo o ministro, a União irá executar o trecho Sul do projeto, entre o Cabo de Santo Agostinho e Paudalho, definido como Lote 2. Enquanto que o governo de Pernambuco ficará com o segundo trecho (Lote 1), que liga Paudalho a Goiana (Mata Norte do Estado) e é o mais polêmico porque corta a área de proteção ambiental Aldeia-Beberibe (APA Beberibe).
“É mais uma grande obra a ser feita em Pernambuco, orçada em R$ 1,5 bilhão. Estamos conversando com a governadora Raquel Lyra exatamente para acertar que iremos assumir um dos trechos. Assim, o governo estadual terá tempo para se preparar e resolver o traçado até Goiana”, afirmou Renan Filho.
ENTENDA O PROJETO DO ARCO METROPOLITANO
O desenho original do Arco Metropolitano, proposto pelo governo do Estado ainda na década de 1990, prevê, pelo lado Oeste da Região Metropolitana do Recife, a ligação expressa do Complexo Industrial Portuário de Suape, no Litoral Sul, a Goiana, na Zona da Mata Norte.
O projeto é dividido em dois trechos: o Norte, que vai da BR-408, em Paudalho, até a BR-101 Norte, em Goiana, com cerca de 50 quilômetros. E o traçado Sl, com 45,3 quilômetros de extensão, que começa na BR-408, em Paudalho, seguindo até a BR-101 Sul, no Cabo de Santo Agostinho.
Quando e se ficar pronto, o Arco atravessaria uma região que tem grande potencial de crescimento industrial e logístico, além de desafogar o contorno urbano da BR-101 no Grande Recife.
Na extremidade Sul, o Porto de Suape, com as indústrias de construção naval, siderurgia, refino de gás e petróleo. A Oeste, as unidades industriais dos setores alimentício, metalúrgico e materiais de construção de Moreno, Vitória de Santo Antão e São Lourenço da Mata. E, ao Norte, as grandes fábricas dos setores automobilístico, de bebidas, vidreiro e farmacêutico de Itapissuma, Igarassu e Goiana.