Matéria atualizada às 11h30 com atualização da Aena Brasil
A desativação do sistema de orientação de pousos do Aeroporto Internacional do Recife continua provocando transtornos para os passageiros que chegam ou saem da capital em dias de muita chuva. Somente na manhã desta sexta-feira (30/6), quando choveu forte no Grande Recife, nove voos foram desviados para outros terminais da região.
Segundo informações oficiais da Aena Brasil, que administra o Aeroporto do Recife, até às 9h30, os nove voos tinham sido alternados para outros aeroportos. Destes, quatro têm retorno programado e três foram cancelados.
A Aena, entretanto, não faz qualquer menção à desativação do sistema de orientação de pouso por equipamento, que ajuda pilotos a fazerem a aterrissagem quando a chuva está forte e não há visibilidade da pista de pouso.
“As equipes de operações estão monitorando a situação meteorológica. Recomendamos aos passageiros que consultem a situação do seu voo com a companhia aérea antes de sair de casa”, diz a Aena Brasil.
Às 11h30, com a redução das chuvas, a Aena Brasil informou que a operação do aeroporto tinha sido normalizada, mas também não fez referência ao ILS.
DESVIOS, CANCELAMENTOS E TRANSTORNOS VÃO CONTINUAR
As pessoas que vão desembarcar e embarcar no Aeroporto Internacional do Recife devem se acostumar a ter voos atrasados ou desviados para aeroportos de estados vizinhos enquanto durar o inverno chuvoso na capital pernambucana.
Ainda não há uma previsão para que o sistema de orientação de pouso por equipamento seja religado.
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Os desvios e cancelamentos estão sendo provocados não só pelas chuvas, mas devido à desativação do Sistema de Pouso por Instrumento (Instrument Landing System - ILS), um dispositivo fundamental para auxiliar os pilotos até obterem contato visual com a pista de pouso.
Esse contato visual só seria possível a partir dos 200 pés de altura (o equivalente a 61 metros de altura). Até chegar a esse patamar, só é possível realizar o procedimento de pouso com o ILS.
Sem conseguir realizar a aterrissagem em dias de chuva, já que não têm a orientação do equipamento, os pilotos precisam arremeter a aeronave e seguir para outros aeroportos da região - como tem acontecido quase diariamente quando chove. Principalmente com os voos que iriam aterrissar.