Os aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) serão os primeiros beneficiados do programa nacional Voa Brasil, que pretende vender passagens aéreas por R$ 200. A garantia foi dada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, idealizador do Voa Brasil, que estaria para ser lançado em agosto.
A promessa do governo federal é que cada passageiro poderá comprar, no máximo, quatro bilhetes pelo valor de até R$ 200. Essa cota máxima de utilização será controlada pelo CPF dos participantes do Voa Brasil, que será exclusivo para aposentados, pensionistas, estudantes e servidores públicos com renda de até R$ 6,8 mil.
Segundo o Ministério dos Portos e Aeroportos, o programa de incentivo à compra de passagens aéreas será implementado em etapas, para garantir que os aeroportos possam adequar-se ao novo volume de passageiros.
“Quando estiver funcionando totalmente, o único requisito para ter acesso será que o usuário não tenha voado pelo programa nos últimos 12 meses. A projeção é que 1,5 milhão de passagens sejam ofertadas por mês quando o Voa Brasil começar incluir todas as pessoas que atendam os requisitos para usufruir do programa”, afirmou o ministro Márcio França em entrevista à Voz do Brasil.
A sugestão que o Ministério tem feito às companhias aéreas, inclusive, é que adotem o programa gradualmente, começando com a reserva de 5% da ociosidade de 20%. E vá aumentando de forma gradual. O Voa Brasil pretende cobrir a ociosidade das aeronaves nos meses fora do pico aéreo. Ou seja, nos meses de março, abril, maio, agosto, setembro, outubro e novembro.
Anteriormente, o ministro Márcio França já tinha informado que o Voa Brasil será acessado por aplicativo e terá intervalo mínimo entre voos. “Vamos criar uma aplicativo no qual as pessoas irão digitar o CPF e informar qual o trecho querem fazer. Em seguida, o aplicativo dará todas as opções de voos que terão sempre um valor único de R$ 200 por trecho. Mas para participar do programa, a pessoa não pode ter voado nos últimos 18 meses. Além disso, o interessado terá direito a quatro passagens, cada uma a R$ 200, por ano”, afirmou o ministro.
Márcio França explicou que as passagens serão vendidas para assentos que hoje ficam ociosos nos voos. “As pessoas não percebem, mas em média 21% das cadeiras viajam vazias fora das datas de pico. Então, chamamos as empresas para conversar e dissemos que queremos que elas facilitem o processo de compra da passagem”, explicou.
O ministro afirmou, ainda, que o presidente Lula pediu agilidade nos processos para atrair empresas de baixo custo (low cost) para o Brasil. Essas companhias têm tarifas mais baixas, por não oferecerem alguns serviços em comparação a outras.
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