Uma vez por ano, o Brasil tem a oportunidade de falar ao mundo, contanto o que vem fazendo para reduzir as desigualdades, para colocar comida na mesa dos seus cidadãos, qual é a política ambiental que está adotando, como tem priorizado suas ações de reforma agrária.
Uma vez por ano, ao menos em meia hora, o Brasil é vitrine. E essa oportunidade vai ser hoje, durante a abertura da 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Neste 2020, excepcionalmente, a pandemia levou a ONU a organizar uma sessão diferente. Os líderes mundiais não estarão em Nova Iorque nem o presidente brasileiro vai subir ao púlpito para ser o primeiro a saudar os demais países.
Hoje, Jair Bolsonaro (sem partido) estará em Brasília. O presidente brasileiro gravou vídeo com um discurso rebatendo as críticas que o país está sofrendo lá fora, sobre sua gestão ambiental na Amazônia.
“Presidente vai tocar na Amazônia. A princípio vai mostrar aquilo que estamos fazendo. (…) Vai falar do esforço do governo em combater as ilegalidades, o que não é simples, não é fácil e elas continuam a ocorrer infelizmente”, conforme antecipou o vice-presidente, Hamilton Mourão.
Bolsonaro também vai insistir na tese de que o Brasil agiu seguindo protocolos internacionais no enfrentamento da Covid-19. Mas não esperem que o presidente da República dê uma palavra sequer para comentar que mais de 4,5 milhões brasileiros foram infectados pelo vírus e 137.272 perderam a vida. Não espere que esse tema faça parte do discurso do presidente do Brasil.
Pense nisso!
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