A pergunta que mais azucrina a cabeça do presidente Jair Bolsonaro é por que Fabrício Queiroz depositou R$ 89 mil na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro?
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As contundentes reações do presidente mostram que Bolsonaro não tem uma resposta convincente e reage com grosseria toda vez que um repórter faz o questionamento.
Primeiro ameaçou com uma porrada na boca. Ontem, no Vale do Aço, em Minas Gerais, o presidente chamou de otário o jornalista que tocou no assunto, mas resposta, mesmo Bolsonaro não tem.
O filósofo francês René Descartes (1596 — 1650) disse certa vez que, “O bom senso é a mercadoria mais amplamente compartilhada do mundo, pois todas as pessoas estão convencidas de que estão bem abastecidas dela”.
Nos dias atuais, é possível dizer que bom senso é mercadoria rara no atual governo. Se em 2018, logo após as eleições, o candidato eleito tivesse dado uma resposta séria, quando questionado sobre um depósito de R$ 24 mil que Fabrício Queiroz fez na conta da futura primeira-dama, talvez o assunto tivesse morrido ali.
Mas como nem todo mundo tem memória curta e cada vez mais o presidente será confrontado com a pergunta. O que se sabe é que enquanto é a imprensa, Bolsonaro desconversa, faz ameaças, mas quando a Justiça sentar Fabrício Queiroz no banco dos réus e perguntar ao ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) os motivos das transferências para a conta da primeira-dama, aí não tem jeito. Vai ter de falar e talvez seja tarde para a família Bolsonaro encontrar uma alegação plausível para os R$ 89 mil reais na conta de Michelle Bolsonaro.
Pense nisso!
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