Com o fracasso na tentativa de criar o Aliança pelo Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse estar “namorando” o Patriota, legenda conservadora, criada nove anos atrás. O presidente ficou sem partido desde 2019, quando brigou com o deputado Luciano Bivar (PE) e deixou o PSL. “O partido que eu estou namorando, não estou noivo ainda, o tal do Patriota, tem 10 segundos de TV, fundo partidário quase inexiste. Não quero recurso para fazer campanha”, afirmou Bolsonaro.
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Do jeito como ele comentou o assunto ontem, durante entrevista ao jornalista José Luiz Datena, da TV Bandeirantes, “tem que ser um partido onde eu tenha autoridade”, confirmou o presidente da República.
Mas por que esse tema agora, em meio a um número cada vez maior de pessoas infectadas pela Covid-19, quando a média de mortos ultrapassa mil casos por dia? Porque com Bolsonaro não há prioridade. Não há planejamento. “O homem é de veneta”, como costuma dizer um general que bate continência diariamente para o presidente. “É de Lua”.
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O escritor russo León Tolstói (1828 — 1910), em uma de suas mais importantes obras “Guerra e Paz” (1867), escreve que “Os mais fortes de todos os guerreiros são dois tipos: tempo e paciência”. Pelas intempestivas recentes decisões políticas em busca de um partido, Bolsonaro pode apenas “congelar” o Aliança pelo Brasil, se filiar a uma legenda de aluguel, uma espécie de guarda-chuva partidário, para cumprir a legislação eleitoral e, no futuro voltar a coletar as assinaturas que os militantes e apoiadores lhes negaram no momento.
Pense nisso!