O filósofo Agostinho de Hipona (354 — 430), mundialmente conhecido como Santo Agostinho, escreveu no seu tratado chamado de “Confissões” que “a esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem. A indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão. Já a coragem nos impulsiona a mudá-las”.
Faz sentido analisar que Agostinho tinha em mente o pecado, a culpa e a responsabilidade, e que nos dias atuais seria propício falarmos numa palavra que está bem em voga: empatia. “como posso me empenhar em ser empático em uma comunidade maior? Fazer parte de um movimento. Entender a perspectiva dos outros e lutar pelos direitos de quem a humanidade foi marginalizada”, como nos ensina o filósofo australiano Roman Krznaric (1970).
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E por que eu fui do Norte da África, no início da era cristã, aos dias atuais, nas arborizadas ruas de Londres, na Inglaterra? A fim de dizer que para tudo há uma conexão, um fato que nos une, um acontecimento que agrega. Mas o que se vê são argumentos cada vez mais antagônicos. Aos poucos vamos nos dando conta que estamos sendo empurrados para a dualidade: nós e eles. E ai que quem não estiver do nosso lado. Comungando dos mesmos objetivos nossos.
No burburinho que formou ontem na porta do Ministério da Saúde, com a chegada do novo titular, ainda houve tempo de um lavador de carro perguntar se estavam distribuindo a vacina da “coronga”, enquanto se esmerava em deixar lustrosos os veículos dos servidores na Esplanada dos Ministérios. Para o lavador de carro a vacina era a prioridade enquanto nós da imprensa nos acotovelávamos em busca de uma informação. Qualquer que fosse.
Pense nisso!