O cavalo de pau dado ontem pelo Supremo Tribunal Federal, dizendo que o ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, agiu de forma parcial quando condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do triplex de Guarujá, em São Paulo, revela um STF cada vez mais politizando as ações judicias. Isso cinco meses depois da posse do ministro Luiz Fux quando fez um apelo: “É preciso, dar um basta na judicialização vulgar e epidêmica de temas e conflitos em que a decisão política deve predominar”.
Goste-se ou não do que a 2ª turma, por 3 x 2 decidiu ontem, mas analisando os votos de suas excelências, é possível concluir que longe dos alfarrábios consultados pelos togados, o resultado da decisão de ontem, ainda não está escrito, mas tem um quê de 2022, ano de eleição presidencial. É certo que Sergio Moro, potencial adversário do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), saiu com as pernas quebradas e que o ex-presidente Lula cada vez mais inteiro para a disputa.
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O que ficou fora do roteiro dos votos foi que o Supremo Tribunal Federal agiu como se fosse um tribunal eleitoral.
Pense nisso!