Como se não bastasse ter sido desmentido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) terá de por para funcionar a tropa de choque na CPI da Covid-19 quando for à votação requerimento de autoria do senador Humberto Costa (PT-PE) de convocação do auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques.
Ele passou a ficar sob mira da corregedoria do TCU depois de ter elaborado relatório sobre a Covid, apontando suposta supernotificação no número de mortes. Foi esse documento falso que foi usado por Bolsonaro na última segunda-feira e desmentido pelo Tribunal de Contas da União.
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Na apuração feita pelo TCU, a investigação analisa a conduta do auditor que queria publicar um relatório sobre as mortes pela pandemia, mas sem levar em conta pacientes que morreram por complicações da doença. É uma dessas histórias sem pé nem cabeça que um servidor, tem a brilhante ideia de ajudar o governo e acaba metendo as autoridades numa trapalhada sem limite, como a que foi protagonizada por Bolsonaro, diante de manifestantes, na porta do Palácio da Alvorada.
A CPI do Senado deve convocar Alexandre Marques para explicar aos senadores de onde tirou a tese de que os números de mortes estariam inflados.
O aliado de Bolsonaro de hoje fez lembrar um dos escândalos no governo do presidente Lula. Em setembro de 2006, militantes do PT foram presos acusados de comprar um falso dossiê que acusava o então candidato do PSDB, José Serra, ao governo de São Paulo, de ter envolvimento com um esquema de corrupção.
Entra governo e sai governo e os esquemas de plantar notícias falsas só ganham roupagem nova.
Pense nisso!