Até os mais otimistas têm um pé atrás, com relação ao recuo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). É claro que era de se esperar de um chefe do Poder Executivo, no mínimo um pedido de desculpas, mas aí é querer exigir muito de quem evita ter cuidado e zelo com as pessoas que pensam e agem diferente.
- Volta do horário de verão poderia ser um empurrão para aquecer os negócios e reduzir o consumo de energia
- Bolsonaro diz que o Brasil está em paz. O problema é que o presidente sabe que protestos são imprevisíveis
- É preocupante que bloqueios de caminhoneiros sejam orquestrados para dar a Bolsonaro motivos para medidas autoritárias
Ao pedir arrego ao ex-presidente Michel Temer, Bolsonaro assina atestado de que lhe falta habilidade para enfrentar crises e por isso, vendo o cerco se fechar, fez promessas de que não repetirá as palavras grosseiras do último 7 de Setembro.
Embora tenha dito que não é de bom tom que quem exerce o poder “não tem o direito de ‘esticar a corda’, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia”, a nota divulgada nesta quinta-feira é um tratado de assuntos genéricos que soa mais como um manifesto de recomendação do que o reconhecimento do erro.
A pergunta que não vai calar, por esses dias, é até quando vai essa fase de Bolsonaro arrependido. Um dia, dois? E quando ele se encontrar com a militância, a quem tem feito promessas de rompimento com o Supremo Tribunal Federal? Como fica?
É preferível que o presidente da República decepcione seu seguidores para não colocar seu mandato em risco e não tocar foco na crise que não é somente ética nem política.
Pense nisso!