Houve um tempo em que as famílias se reuniam às vésperas de anunciar o noivado dos filhos, não sem antes fazerem as tratativas dos dotes. Segundo as tradições mais antigas, o pai da moça dava gado, bode, ovelha, uma parcela de terra para o plantio do roçado.
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Nos dias atuais, encontramos candidaturas que oferecem avalistas, sobretudo, da área econômica, como se fosse um dote. “Eu tenho esse plano para a economia e o mercado me dá o aval para a disputa”.
No passado recente, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro (sem partido), anunciou o economista Paulo Guedes como o seu “Posto Ipiranga”, numa alusão à propaganda que dizia que tudo poderia ser encontrado no posto.
Hoje, com a crise, o desemprego, a quebradeira, o Posto Ipiranga de Bolsonaro já faz um bom tempo que sobrevive vendendo gasolina “batizada”, falsificada.
Agora, o ex-juiz da Lava Jato, tentando mostrar o que ainda não tem, promete que o traquejo da economia vai ficar sob a responsabilidade do professor Affonso Celso Pastore, que no governo militar foi presidente do Banco Central.
Sergio Moro ainda não disse a que veio, mas ao chegar, trouxe o dote de um economista respeitado. Resta saber se o país vai se contentar com um candidato a presidente que conhece pouco de política e que terceiriza a economia.
Pense nisso!