Em um país em que o presidente da República diz, ainda que em tom de brincadeira, que “aqui [dentro do Palácio do Planalto] é proibido usar máscara”, o vexame poderá se repetir nesta quinta-feira (16) quando da posse do jurista e pastor evangélico André Mendonça, no Supremo Tribunal Federal.
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Os poucos convidados à solenidade estão sendo informados de que para entrar nas dependências do STF “qualquer cidadão estará obrigado a apresentar certidão de vacina atualizada ou teste de PCR”, com prazo de 72 horas.
Jair Bolsonaro (PL) tem dito que não se vacinou e portanto não dispõe de um comprovante de imunização - pelo menos é essa história que o presidente vem espalhando pelo país afora, embora tenha decretado sigilo na sua carteira de vacinação, por 100 anos. Logo, a alternativa seria o Palácio do Planalto encaminhar ao Supremo Tribunal o resultado negativo de um teste feito no presidente.
A última vez que o presidente Bolsonaro burlou regras semelhantes, foi quando ele esteve no Congresso Nacional [24 de novembro] para receber a medalha do Mérito Legislativo, na Câmara dos Deputados, onde o passaporte da vacina é exigido.
O presidente entrou pela portaria do Senado. Ali o cartão de vacina não é obrigatório. No STF, Bolsonaro não terá como fugir à regra.
Pense nisso!