Especialistas em estudos urbanistas no Brasil apontam que o país tem mais de 27 mil áreas de risco que podem desabar a qualquer momento, caso sejam submetidas a chuvas intensas como as que caem na capital pernambucana faz mais de uma semana.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe) o país ainda não desativou mais de 2,6 mil lixões a céu aberto.
Ou para falar de um assunto mais atual, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), dois anos atrás, mais de 220 mil pessoas estavam em situação de rua. Ou morando ou passando uma temporada, enquanto aguardam o fim da crise.
Pois sabe qual será um dos debates que a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados vai realizar nos próximos dias? Tem um deputado que quer discutir a versão da boneca Barbie, que presta homenagem a uma atriz transexual dos Estados Unidos.
A proposta da audiência pública é do deputado Otoni de Paula (MDB-RJ). O vice-líder do governo quer convocar o fabricante da boneca e representantes do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. A iniciativa é para provar, segundo o parlamentar bolsonarista, que “[a boneca] servirá para confundir as crianças sobre a natureza dos gêneros”.
Acredite. O deputado está mais preocupado em achar um jeito de criticar o fabricante da Barbie do que encontrar alternativas para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros que moram nas encostas e nos morros, aqueles milhares que sobrevivem dividindo lixo com os urubus ou quem, definitivamente, não tem onde morar.
Essa é a pauta de costumes dos bolsonaristas.
Pense nisso!