O professor Paulo Sperança foi assassinado a facadas dentro do carro, no Recife
Após quase oito anos de espera, a
psicopedagoga Ana Terezinha Zanforlin Sperança, acusada de assassinar o marido, o professor universitário e dentista Paulo Augusto Sperança, 53, vai sentar no banco dos réus. O júri popular que vai decidir o futuro dela e de mais dois acusados será nesta sexta-feira (23), no Fórum Rodolfo Aureliano, no Recife.
Após a publicação desta matéria, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) explicou que, na verdade, o júri desta sexta-feira será em relação à tentativa de homicídio registrada em 2009, contra o professor universitário - um ano antes do crime ser, de fato, consumado. Quanto ao homicídio de 2010, as rés Ana Terezinha e Adriana Lima Castro de Santana recorreram da pronúncia e aguardam decisão do Superior Tribunal de Justiça.
Segundo as investigações da Polícia Civil, o crime, que ocorreu em agosto de 2010, teria sido planejado por Ana Terezinha para que ela ficasse com o dinheiro do seguro de vida no valor de R$ 120 mil, além de uma pensão avaliada em R$ 15 mil.
Adolfo Berto Soares, apontado pela polícia como o executor do crime, foi condenado a 18 anos de prisão pela Justiça em 2012.
Além da psicopedagoga, também serão julgados os acusados Julio Alves Teixeira Neto e a advogada Adriana Lima Castro de Santana. Esta última, segundo a polícia, também teria sido a autora intelectual do crime. O TJPE informou que os três aguardam julgamento em liberdade.
Paulo Sperança, que era professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi assassinado a facadas dentro da garagem da casa de Ana Terezinha Zanforlin Sperança no bairro dos Torrões, na Zona Oeste do Recife. Ele estava dentro do carro quando foi morto. O veículo, com o corpo dentro, foi levado para outro local para simular um latrocínio e dificultar o trabalho dos investigadores.
O JÚRI POPULAR
No júri, marcado para começar a partir das 9h, três testemunhas de acusação e cinco de defesa serão ouvidas. Após isso, será a vez do depoimento dos três reús - que podem optar pelo silêncio. Depois começa a fase de debates, quando Ministério Público e defesa vão apresentar os argumentos aos sete jurados. Por fim, o conselho se reúne para decidir, por maioria de votos, se os réus serão ou não condenados.
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