Notícias e análises sobre medicina e saúde com a jornalista Cinthya Leite

Saúde e Bem-estar

Por Cinthya Leite e equipe
COLUNA JC SAÚDE E BEM-ESTAR

Samu Recife volta a ter alta de envio de ambulâncias para casos suspeitos de covid-19

"Às vezes, vem a sensação de que estamos enxugando gelo", diz coordenador-geral do Samu Metropolitano do Recife sobre retomada de aumento dos chamados

Cadastrado por

Cinthya Leite

Publicado em 09/02/2021 às 16:59 | Atualizado em 09/02/2021 às 17:12
Ao longo de 2020, a contar do início das suspeitas pela covid-19, o Samu Recife registrou 12.559 chamados por causas respiratórias - ANDRÉA RÊGO BARROS/PCR

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Metropolitano do Recife volta apresentar alta na média móvel de envio de ambulâncias por síndrome respiratória aguda grave (srag), condição considerada suspeita de covid-19. Ao considerar o encaminhamento de veículos para quadros sugestivos da infecção, o Samu Recife chegou, no domingo, a uma média móvel (últimos sete dias) de 16,3 envios de ambulâncias — um número maior do que o indicador do dia 31 de janeiro, que teve média móvel de 15.

Sobre esse cenário, o médico Leonardo Gomes, coordenador-geral do Samu Metropolitano do Recife, observa que esse incremento tem sido lento, mas permanece numa constante. "Temos mais um momento de subida na nossa média móvel de envio de ambulâncias para casos suspeitos de covid-19. É um aumento leve, mas todo tanto é muito quando consideramos uma pandemia que já dura quase um ano no Recife. Às vezes, vem a sensação de que estamos enxugando gelo. Acredito, contudo, que não voltaremos a ter um cenário de grande aceleração, como no início da pandemia", destaca Leonardo.

Os números do Samu Metropolitano, que regula os chamados de 71 municípios pernambucanos e da Ilha de Fernando de Noronha, são mais expressivos do que os do Recife. No último domingo, a média móvel foi de 22,3 envios de ambulâncias — um indicador maior do que o alcançado no dia 31 de janeiro, que teve média móvel de 20.3. Segundo Leonardo, no caso do Recife e das demais cidades reguladas, os acionamentos são, na maioria, para domicílios e serviços de saúde, com a finalidade de transportar pacientes. "Ainda transferimos pessoas com quadros de saúde bem graves, mas numa frequência menor do que no início da pandemia. Outro detalhe é que agora as pessoas que atendemos são mais jovens e em condições menos severas, em comparação com as que transportávamos na primeira onda de covid-19", diz o médico.

Balanço 

A capital pernambucana confirmou, na segunda-feira (8), mais 520 novos casos da doença, sendo 513 leves e 7 graves. Também foi confirmada uma nova morte laboratorialmente. Agora, o município totaliza 62.798 casos da infecção. Entre as pessoas que adoeceram, 2.948 evoluíram para o óbito. Além disso, o boletim aponta 59.034 pacientes já recuperados da doença.

 

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