Efeitos adversos se caracterizam por uma ocorrência indesejada após a administração de um medicamento em doses corretas. Eles são esperados, previstos em bula e geralmente são divididos entre muito comuns, comuns e incomuns. Com as vacinas, não é diferente. Após ser imunizado, o organismo do indivíduo pode desenvolver uma reação desagradável. Apesar disso, os imunizantes em uso no Brasil contra a covid-19 já comprovaram sua segurança e eficácia com estudos clínicos, além de mostrarem que seus benefícios são superiores a possíveis reações adversas.
- Sem vacinas, Prefeitura do Recife recua e passa a agendar segunda dose da Astrazeneca com intervalo de 85 a 90 dias
- Pediatra tira dúvidas sobre a covid-19 entre crianças
- Pernambuco confirma mais 638 casos e 21 mortes por covid-19; agora já são 579.086 infectados e 18.325 óbitos
- Passados 6 meses de imunização contra a covid-19, Pernambuco tem 19% da população adulta com esquema vacinal completo
O Butantan reforça que a CoronaVac, desenvolvida em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, possui alto perfil de segurança. "A própria tecnologia empregada na fabricação do imunizante, de vírus inativado, é uma das mais estudadas e seguras do mundo. O vírus é replicado e, posteriormente, morto. Assim, não é capaz de se multiplicar no corpo e adoecer o organismo, mas consegue desencadear a produção de anticorpos e produzir resposta imunológica", diz o Butantan.
Em estudos realizados na China, com mais de 50 mil voluntários, 94,7% deles não apresentaram qualquer reação adversa ao serem imunizados com a CoronaVac. Efeitos adversos de grau baixo foram notados em 5,3% dos participantes, sendo os mais frequentes dores leves no local da aplicação (3%), fadiga (1,5%) e febre moderada (0,2%).
No Brasil, dados sobre a segurança da vacina do Butantan foram obtidos em ensaios clínicos de fase 3 com 9 mil voluntários em 2020. As manifestações indesejadas foram muito leves e não foi necessária atenção médica maior. No Projeto S, estudo clínico realizado pelo Butantan na cidade de Serrana, foram administradas 54.882 doses na população adulta do município e não houve relato de evento adverso grave relacionado à vacinação.
Durante a aplicação da primeira dose do imunizante em Serrana, foram 4,4% de relatos de reações adversas e 0,02% considerados de grau 3 (mialgia e cefaleia), porque interferiram nas atividades diárias. Já na segunda dose, foram 0,2% de relatos de efeitos adversos, nenhum considerado de grau 3 ou superior.
Possíveis efeitos adversos da CoronaVac
As reações adversas abaixo foram observadas a partir do estudo clínico de fase 3 em adultos (18 a 59 anos) até sete dias após a administração da segunda dose da vacina:
- Muito comuns (mais de 10% dos pacientes)
- Sistêmica: dor de cabeça, cansaço
- Local: dor
- Comuns (entre 1% e 10% dos pacientes)
- Sistêmica: enjoo, diarreia, dor muscular, calafrios, perda de apetite, tosse, dor nas
articulações, coceira, coriza, congestão nasal
- Local: vermelhidão, inchaço, enduração, coceira
- Incomuns (entre 0,1% e 1% dos pacientes)
- Sistêmica: vômito, febre, vermelhidão, reação alérgica, dor de garganta, dor ao engolir, espirros, fraqueza muscular, tontura, dor abdominal, sonolência, mal-estar, dor nas extremidades, dor abdominal superior, dor nas costas, vertigem, falta de ar, inchaço
- Local: hematoma
As reações adversas abaixo foram observadas a partir do estudo clínico de fase 3 em idosos (acima de 60 anos) até sete dias após a administração da segunda dose da vacina:
- Muito comuns (mais de 10% dos pacientes)
- Local: dor
- Comuns (entre 1% e 10% dos pacientes)
- Sistêmica: enjoo, diarreia, dor de cabeça, cansaço, dor muscular, tosse, dor nas articulações, coceira, coriza, dor ao engolir, congestão nasal
- Local: coceira, vermelhidão, inchaço, enduração
- Incomuns (entre 0,1% e 1% dos pacientes)
- Sistêmica: vômito, calafrios, diminuição de apetite, reação alérgica, tontura, hematoma, hipotermia, desconforto nos membros, fraqueza muscular
- Local: hematoma
- Para reportar um evento adverso após receber a CoronaVac, deve-se entrar em contato com o setor de Farmacovigilância do Instituto Butantan (farmacovigilancia@butantan.gov.br) e, se necessário, avisar ao médico.