A nova variante do coronavírus, a ômicron, já está presente em 77 países e se alastra num ritmo sem precedentes. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Vários países começam a adotar medidas mais restritivas para conter o aumento de infecções.
O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) considerou hoje que a ômicron, nova variante do coronavírus, representa risco "muito elevado" e exige medidas "urgentes e fortes", de modo a proteger os sistemas de saúde.
Numa avaliação de risco atualizada e divulgada nesta quarta-feira, o ECDC diz que a ômicron deverá suceder a delta como a variante dominante na União Europeia (UE) no início de 2022. Já se assiste à transmissão comunitária dentro da Europa, e os dados preliminares disponíveis não descartam "uma redução significativa da eficácia das vacinas" contra essa estirpe.
Desse modo, e porque os países da UE ainda enfrentam o impacto severo da variante delta, "um novo aumento das hospitalizações poderá rapidamente sobrecarregar os sistemas de saúde".
"Com base nas provas limitadas atualmente disponíveis, e dado o elevado nível de incerteza, o nível global de risco para a saúde pública, associado à emergência e propagação da ômicron, é avaliado como muito elevado", diz o centro europeu, que recomenda uma "ação urgente e forte" para reduzir a transmissão do vírus, "a fim de aliviar a já pesada carga sobre os sistemas de saúde e proteger os mais vulneráveis nos próximos meses".
Segundo o ECDC, é necessária "a rápida reintrodução e o reforço das intervenções não farmacêuticas" para reduzir a transmissão da Delta e retardar a propagação da Ômicron, mantendo sob controle a carga sobre os cuidados de saúde.