Uma série de informações desencontradas sobre o estado de saúde do menino Ravi, de apenas 37 dias de vida, na manhã desta terça-feira (24), provocou confusão sobre a vida do bebê. Ele estava internado, da quinta-feira passada (19) até a última segunda (23), no Hospital Barão de Lucena (HBL), com complicações respiratórias.
Inicialmente, chegou a informação, dada pela própria mãe de Ravi, de que o menino teria morrido na manhã desta terça. Ele foi transferido na noite de ontem (23) para o Hospital Maria Lucinda (HML), no Parnamirim, Zona Norte do Recife.
A mãe, inclusive, utilizou as redes sociais para informar o óbito. Aos prantos, informava a morte de Ravi. Profissionais do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação falaram por telefone e pessoalmente com outros familiares de Ravi. Todos confirmaram a morte.
O JC também questionou a Secretaria de Saúde do Estado (SES) sobre o caso. Momentos depois, a SES, em nota, respondeu que o menino estava vivo e que maiores detalhes poderiam ser obtidos com o Maria Lucinda. Nada disse além disso.
Minutos depois, o pai de Ravi entra em contato com a TV Jornal afirmando que "passaram para a mãe do menino (ele não especificou quem) que Ravi teria morrido". Informação que o pai descobriu não ser verdadeira ao chegar na unidade de saúde.
Depois disso, a mãe do menino apagou as postagens que fez no Instagram. E fez novas atualizações na rede social, dizendo que uma pessoa que tem ligação com o Maria Lucinda, na intenção de ajudar a família, teria afirmado que Ravi estava morto. Fato que não se confirmou.
O JC preza pela informação jornalística de qualidade, bem apurada e, por isso, tornou-se referência no Brasil, sobretudo na cobertura de Saúde. Ouvimos a mãe de Ravi, que confirmou o óbito do filho. Não era uma pessoa qualquer falando de uma morte. Era uma mãe atestando a morte do filho.
A confusão ocorrida evidencia ainda mais a confusão instalada em Pernambuco por causa da falta de leitos de UTI. São centenas de crianças na fila, lutando por algo tão básico para quem está no início de sua caminhada: o direito de viver.
O JC continuará firme no seu propósito de entregar ao seu leitor notícias de qualidade e credibilidade. Lamentamos pelo transtorno pelo qual passou a mãe de Ravi e pelo qual está passando Ravi (que demorou a ter um leito de UTI). Transtorno esse que atinge outras várias crianças em Pernambuco.
Que o Estado possa agir de forma rápida e efetiva para salvar essas crianças e suas famílias. E que possamos contar mais histórias como a de Ravi, torcendo que a grande maioria delas acabe com um final feliz.