O hábito de fumar tem potencial para danificar o revestimento dos vasos sanguíneos. Isso afeta a musculatura do pênis e inibe o sangue de fluir. Os homens que fumam são mais propensos a ter disfunção erétil do que os não fumantes. A boa notícia é que, ao parar de fumar, boa parte dos ex-fumantes percebem uma melhora nas ereções.
A relação entre o tabagismo e a impotência sexual masculina é comprovada estatisticamente. Se a ocorrência da disfunção erétil no homem não fumante gira em torno de 2,2%, esse índice sobe para 37% numa avaliação apenas com tabagistas. Dessa maneira, de cada 100 fumantes, 37 vão desenvolver algum problema no relacionamento sexual.
"No pênis, o volume sanguíneo precisa chegar em quantidade suficiente ao que chamamos de corpo cavernoso para que ele aumente o seu diâmetro e determine assim a ereção", explica o urologista Filipe Tenório.
A questão é que, no fumante, esse fluxo está continuamente diminuído, porque a nicotina (a mais famosa das 4.720 substâncias contidas na fumaça do cigarro) é um potente agente vasoconstritor que atua diretamente na musculatura do vaso, produzindo uma importante redução no calibre da artéria cavernosa, responsável pela irrigação peniana. A redução da luz dos ramos dessa artéria em 25% já é suficiente para provocar a disfunção erétil.
"É válido ressaltar que o consumo diário de cigarros, o tempo de tabagismo, bem como a associação com hipertensão arterial e principalmente diabetes são os determinantes dessa precocidade da impotência sexual", reforça o urologista. Ou seja, em condições semelhantes, o homem que fuma sempre vai ter um desempenho sexual inferior ao não fumante.