O ex-presidente Lula (PT), principal adversário do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), nas eleições 2022, disse nesta segunda-feira (5) que o filho de Bolsonaro votou contra o piso salarial da enfermagem.
"Bolsonaro vira as costas para os profissionais que lutaram na pandemia. Seu filho votou contra o piso, assim como seu líder de governo", disse Lula, através do Twitter.
O petista se referia a Eduardo Bolsonaro (PL), que é deputado federal por São Paulo.
É VERDADE QUE FILHO DE BOLSONARO VOTOU CONTRA O PISO DA ENFERMAGEM?
A resposta é sim. Em consulta à página de votações da Câmara dos Deputados, disponível para consulta por qualquer cidadão, é possível verificar a votação do PL 2564/2020, sobre o piso salarial da enfermagem.
O quórum da votação foi de 462 deputados, dos quais 449 votaram sim e 12, não. Em uma busca pelo nome de Eduardo Bolsonaro, é possível ver que o deputado foi um dos que votou não ao projeto de lei.
O líder do governo ao que Lula se referia é Ricardo Barros (PP-PR), que também votou contra o piso salarial da enfermagem.
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Na publicação, o ex-presidente Lula também citou que o autor do PL 2564 é um petista, o senador Fabiano Contarato.
Na postagem, Lula também criticou o fato de Bolsonaro ter vetado da lei do piso salarial da enfermagem o trecho que trata sobre a correção anual do piso, que seria feita pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
"Agora nega-se a destinar recursos para ajudar hospitais, estados e municípios a pagarem melhor os profissionais que salvam vidas", disparou Lula.
O ex-presidente Lula seguiu atacando: "Para arrumar bilhões para seus aliados ele é rápido, mas despreza quem salva vidas no Brasil".
PISO SALARIAL ENFERMAGEM
A lei do piso salarial da enfermagem, que teve os efeitos suspensos pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso no domingo (4), prevê o pagamento dos seguintes salários:
- R$ 4.750,00 para enfermeiros;
- R$ 3.325,00 para técnicos de enfermagem;
- R$ 2.375,00 para auxiliares de enfermagem e parteiras.
Com a decisão de Barroso, que é provisória, estados, municípios e instituições terão 60 dias para prestar informações sobre os impactos do pagamento do piso salarial da enfermagem. Saiba mais clicando aqui.
A lei havia sido sancionada por Bolsonaro em 4 de agosto, e entrou em vigor no dia seguinte.