A ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi indagada sobre o processo de implementação do piso salarial da enfermagem durante a Marcha dos Prefeitos em Brasília, ocorrida no dia 29 de março.
Segundo a ministra, o governo federal ainda não encontrou uma solução viável para a fonte de pagamento consistente para o piso salarial da enfermagem, mas está em busca de uma aprovação.
PISO SALARIAL ENFERMAGEM: CÂMARA e SENADO na MIRA após REAJUSTE SALARIAL
MOVIMENTAÇÕES DO GOVERNO LULA PARA O PISO DA ENFERMAGEM:
A ministra da Saúde relatou que recebeu instruções do presidente Lula (PT) para garantir uma implementação sustentável do piso salarial da enfermagem, sem causar prejuízos aos caixas públicos.
Nísia Trindade afirmou que o presidente Lula se comprometeu com a questão, sempre levando em consideração a sustentabilidade da efetivação do piso salarial da enfermagem.
As medidas adotadas pelo Ministério da Saúde seguem a emenda constitucional, que estabelece um fundo de onde sairá o recurso para o piso salarial da enfermagem.
O governo federal estaria se concentrando em determinar como os recursos serão redistribuídos para o piso salarial da enfermagem, dentro do SUS, pelos diferentes entes federativos.
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MINISTRA É QUESTIONADA SOBRE IMPACTO DO PISO SALARIAL DA ENFERMAGEM:
Durante a Marcha, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, destacou os efeitos adversos que a implementação do piso salarial da enfermagem poderia gerar.
”[A efetivação do piso salarial enfermagem] pode resultar em uma briga com os municípios do Brasil, que não têm esse dinheiro para pagar. É uma situação gravíssima para nós e para toda a saúde”, declarou Ziulkoski.
Segundo o presidente, a CNM realizou cálculos e constatou que a aplicação da legislação do piso salarial enfermagem resultaria em um aumento de despesas de R$ 10,5 bilhões anuais para os municípios.