* Conteúdo atualizado às 23h30 do dia 18 de março de 2020
A visitação a pé às piscinas naturais de Porto de Galinhas, em Ipojuca, está suspensa por tempo indeterminado. Já o passeio de jangada passará por duas mudanças: a redução de seis para quatro no número de passageiros por embarcação (um por banco) e a limitação à presença de no máximo dez barcos simultaneamente no atrativo natural, contra 80 permitidos até então. Também há mudanças previstas no ordenamento das barracas de praia distribuídas nos 33 km da orla do município.
As medidas foram anunciadas no fim da noite da terça-feira (17) pelo Comitê Contra o Coronavírus da Prefeitura do Ipojuca, e atualizada na noite desta quarta-feira (18), para se adequar às novas determinações do governo do Estado, que passou a restringir a 50 o número máximo de pessoas reunidas por evento.
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No caso da interrupção do acesso por terra, a providência visa evitar a possibilidade de contágio pelo covid-19, uma vez que o trajeto pela passadeira costumava ocorrer em quatro grupos diários de até 50 pessoas, que caminham de mãos dadas até o ponto turístico acompanhados por um agente ambiental.
O passeio gratuito e monitorado é feito após a distribuição de pulseiras pela gestão municipal, segundo informa o secretário de Meio Ambiente e Controle Urbano do Ipojuca, Erivelto Lacerda.
As jangadas, por sua vez, só estão autorizadas a permanecerem por no máximo 40 minutos nas piscinas naturais. Em caso de filas no embarque, ficou definido que deverá ser mantida uma distância de dois metros de uma pessoa para outra. A cada troca de grupo, a embarcação deverá ser higienizada.
Os passeios são oferecidos e organizados pela Associação dos Jangadeiros de Porto de Galinhas (AJPG), que vende os ingressos no quiosque localizado na vila, bem em frente à praia. O preço do passeio é de R$ 30 por pessoa.
As portarias 01/2020 e 02/2020, que oficializam a mudança na visitação das piscinas naturais, também regulamentam que o monitoramento das piscinas naturais seja feita de forma rotativa, para diminuir o número de agentes ambientais simultaneamente no local.
O atendimento ao público na cabine turística, localizada na Praça do Relógio de Porto de Galinhas, também deverá ser feito, conforme o documento, por servidor público em regime de escala.
Nas barracas de praia, cada grupo com guarda-sol, mesa e espreguiçadeiras deverá respeitar um espaço de dois metros de distância do outro. Os barraqueiros foram orientados, segundo a Prefeitura de Ipojuca, a realizar assepsia completa após a saída de cada cliente, "incluindo maquinetas, cadeiras, mesas e qualquer objeto que o cliente tenha usado".
Da mesma forma, proprietários de bares e restaurante devem dispor as mesas obedecendo à distância de dois metros entre elas e também fazer a higienização dos objetos a cada cliente que encerrar a conta.
“A suspensão do passeio a pé nas piscinas naturais de Porto de Galinhas é uma medida para que nós evitemos o contágio por meio de aglomeração. A nossa decisão de reduzir o fluxo de pessoas nas piscinas naturais está alinhada com as medidas de suspensão das visitas à ilha de Fernando de Noronha, do Cristo Redentor e tantos outros lugares turísticos no mundo. É uma questão de saúde pública”, explicou o secretário de saúde e porta-voz do Comitê, Wendel França.
Estima-se que cerca de 40 mil pessoas trabalham direta ou indiretamente com o turismo no destino Porto de Galinhas, que enfrenta agora o desafio do covid-19 depois de encarar o desastre ambiental do derramamento de óleo no fim de 2019.
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