Fronteiras fechadas, voos suspensos, hotéis vazios. As restrições de deslocamento impostas pelas medidas de combate à propagação do novo coronavírus vão de encontro ao princípio básico do turismo, que convida a se mover, interagir, intercambiar experiências e afetos.
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Mesmo com a atividade interrompida, e ainda sem previsão de retomada, parte dos brasileiros não deixa de sonhar com a próxima viagem.
É o que mostra pesquisa da empresa escocesa de busca de voos Skyscanner feita entre os últimos dias 27 e 31 de março no País.
Em geral, o levantamento mostra otimismo dos viajantes: 53% dos entrevistados dizem acreditar que será seguro viajar para fora do País depois de seis meses a partir de agora. Outros 20% acreditam que já será possível fazer as malas dentro de quatro meses e seis meses. Pelo menos 34% planejam viajar para o exterior ainda este ano.
No caso de roteiros dentro do Brasil, em geral, 35% dos turistas se mostram otimistas com viagens domésticas ainda este ano. Para 24%, elas serão viáveis após seis meses, enquanto outros 23% pensam que será antes - entre quatro e seis meses - e 20% em um a três meses.
Entre os entrevistados, 37% viajaram de uma a duas vezes vezes nos últimos 12 meses e 17% viajaram de três a cinco vezes nos últimos 12 meses.
De acordo com o diretor global de marca do Skyscanner, Jo McClintock, "a positividade é uma parte essencial para lidar com sucesso em uma crise", apesar do momento "incomum, quando muitas pessoas estão separadas dos entes queridos e o mundo de agora não é como gostaríamos".
De fato, a prioridade agora é a saúde, a sobrevivência imediata de trabalhadores e empresas e a manutenção das atividades econômicas essenciais. Mas sonhar é grátis. E essencial para manter a sanidade e a resiliência em tempos de calamidade.