Um dia depois das rotas comerciais para Caruaru e Serra Talhada completarem seis meses, a Azul informou os novos planos para o Pernambuco incluindo, além do aumento de voos para estes destinos, a operação para outros municípios importantes do Estado como Garanhuns, no Agreste, e Araripina, no Sertão. Também está no planejamento da empresa a utilização de aeronaves maiores como ATR que tem capacidade para até 70 passageiros.
A operação para o interior de Pernambuco é feita pela Azul Conecta, empresa de aviação sub-regional da Azul, com aviões Cessna Grand Caravan que contam com capacidade para nove passageiros e 150 kg de carga.
Confira a entrevista que a Coluna Turismo de Valor fez com o Marcelo Bento Ribeiro, Diretor de Alianças e Relações Institucionais da Azul.
Qual a importância de abertura de novas rotas de voo em Estados do Nordeste como Pernambuco?
R: Nós temos como objetivo chegar, em breve, à marca de 200 destinos atendidos pela Azul no Brasil, e essa meta ambiciosa está fortemente relacionada ao desenvolvimento da aviação regional no país. Caruaru e Serra Talhada são exemplos disso, sendo cidades estratégicas para nossa operação; aliás, nenhuma outra companhia aérea além da Azul opera nestes destinos. Isso é importante para nós como empresa, pois cria uma capilaridade em nossa malha, mas também é para os nossos clientes, que podem ter acesso à capital Recife e a todos os cantos do país com maior facilidade. Vale ressaltar, também, que a operação de uma companhia aérea nessas cidades proporciona um desenvolvimento expressivo na economia local, pois promove o turismo e facilita os negócios locais.
Quais os desafios de conciliar as operações com as novas regras de segurança contra a Covid-19?
R: Sem dúvidas, a pandemia trouxe grandes desafios, principalmente para as empresas de turismo e do setor aéreo. Até fevereiro do ano passado, estávamos operando quase mil voos por dia. Com a pandemia de Covid-19 e o início das restrições de circulação, esse número caiu para 70 já em abril. Para nos adequarmos a esse cenário, dedicamos boa parte dos nossos investimentos em ferramentas que pudessem proporcionar voos ainda mais seguros para os nossos clientes do ponto de vista sanitário. Logo de começo, reforçamos a limpeza de nossas aeronaves seguindo os protocolos sugeridos pela Anvisa e fomos a primeira companhia do país a tornar obrigatório o uso de máscaras por Tripulantes e Clientes. Para evitarmos filas e aglomerações, além de passarmos a orientar o check-in de nossos clientes via aplicativo, a Azul lançou, logo no começo da pandemia, o Tapete Azul, que é uma tecnologia pioneira no mundo que, usando a tecnologia de realidade aumentada, projeta um tapete virtual no chão que convida o passageiro a se posicionar na fila de acordo com seu número de assento, promovendo o distanciamento de quatro metros de distância entre os Clientes. Em outra iniciativa pioneira, investimos na compra de equipamentos de raio ultravioleta da Honeywell, que estão reforçando o padrão de limpeza de nossas aeronaves para além do que é o recomendado pela Anvisa. Esses investimentos fazem com que as viagens pela Azul sejam seguras e nos deixem preparados para atendermos à demanda de voos nacionais, que tende a crescer muito com o aumento do número de pessoas vacinadas e o controle da pandemia em nosso país.
Quais os próximos planos para o Estado e a região?
R: Pernambuco é um estado extremamente importante e estratégico para a Azul. No Aeroporto de Guararapes fica um de nossos hubs. Nossos planos são consolidar e aumentar nossa operação em Caruaru e Serra Talhada, com o aumento do número de voos, e até mesmo começarmos a operar com aeronaves maiores como ATR. Também pretendemos continuar expandindo nossa atuação no interior do estado e prevemos voar para cidades como Garanhuns e Araripina e adicionar outros destinos regionais que possam se conectar à capital Pernambucana. Nós já sentimos que existe demanda no estado e que os clientes estão apenas aguardando nossa chegada nessas cidades. No entanto, para que isso aconteça, contamos com os investimentos necessários em infraestrutura para que possamos operar com a segurança necessária.