Ir até a praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Litoral Sul do Estado, e não passar pelas famosas piscinas naturais é o mesmo que não ter visitado um dos locais mais turísticos do Brasil. Mas a experiência tão procurada por pessoas de todas as partes do país e do mundo passou por algumas mudanças desde o início da pandemia. Todas, claro, para oferecer mais segurança a quem oferece e a quem vai curtir o passeio.
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A Coluna Turismo de Valor fez o passeio no começo deste mês e conferiu de perto todos os cuidados que estão sento tomados contra a Covid-19. O procedimento de compra do passeio continua sendo feito no quiosque da associação de jangadeiros, localizado na vila, bem na saída para a praia de frente para as piscinas naturais. O valor foi reajustado em novembro do ano passado e atualmente é de R$40.
Também permanece a dica de sempre de escolher a hora do passeio levando em conta a tábua de maré do dia para ver o momento em que ela vai estar mais baixa. Geralmente, as saídas das jangadas acontecem duas horas antes do ponto mínimo e vão até duas horas depois. Com o ingresso nas mãos basta descer até a praia e encontrar o coordenador da associação que encaminha as pessoas para as jangadas. Ah, claro, do momento da compra até a chegada nas piscinas naturais, incluindo obviamente o trajeto na jangada, é obrigatório o uso de máscaras.
Aí na areia é que começam as mudanças mesmo. O coordenador faz a aferição da temperatura dos turistas e estando tudo ok borrifa álcool nas mãos deles. Depois são encaminhados para as jangadas e aí o número de passageiros está sendo limitado. No trajeto da reportagem foram permitidas apenas quatro pessoas, ou seja duas por banco, sendo de famílias diferentes. A embarcação também conta com álcool em gel e, segundo a associação, ao final de cada viagem ela passa por uma higienização.
O trajeto é bem curto e em menos de 10 minutos se chega nas tão procuradas piscina naturais. No local uma outra novidade é a limitação de no máximo cerca de 10 jangadas simultaneamente no atrativo natural e a permanência das mesmas por até 40 minutos. Durante o tempo nas piscinas naturais, os turistas são orientados a não se aglomerarem muito e, na medida do possível, manter uma distância de dois metros entre eles. As máscaras de mergulho dadas aos visitantes passam por uma limpeza prévia e uma outra feita na hora na frente deles. Absolutamente todas essas ações foram vistas e atestadas pela reportagem.
Cuidados que estão dando uma maior segurança não só para os visitantes, mas também para quem vive da atividade, como seu Nelo, como é conhecido na região, que trabalha como jangadeiro há 26 anos. "A gente procura conversar bem com os turistas sobre a importância de ter esses cuidados. Nós medimos a temperatura, oferecemos álcool, pedimos para permanecerem de máscara no caminho. Quem não segue essas orientações a gente nem embarca", disse Nelo.
Com a felicidade de quem criou os filhos com este trabalho (e pretende continuar assim), Nelo diz que o cuidado é para a saúde de todos. "A gente procura tomar esses cuidados não é só porque a gente vê isso na televisão, mas sim porque infelizmente vemos perto. A gente não sabe quem tá pode estar com esse problema ou não estar, né? Por isso seguimos todos esses protocolos. Se a gente não cuidar dos turistas a gente não vai estar cuidando da gente também. A gente vive muito com eles então a gente pede essa conscientização não só aqui, mas em qualquer lugar que forem", finalizou Nelo.