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MARANHÃO

O inesquecível sobrevoo nos Lençóis Maranhenses

Sobrevoar os mais de 150 mil metros quadrados dos Lençóis Maranhenses é uma experiência única.

Cadastrado por

Leonardo Vasconcelos

Publicado em 29/08/2021 às 7:30
O sobrevoo é a melhor forma de admirar toda a imensidão dos lençóis maranhenses. - Leonardo Vasconcelos / Especial para JC Imagem

Um lindo e gigante cobertor de 150 mil metros quadrados, costurado por milhares de lagoas, que forra (e forma) uma paisagem única no mundo. Os Lençóis Maranhenses, localizados a 250 quilômetros de São Luís, são um tecido raro admirado por turistas de todos os países. Impossível não ser coberto por ele e não o cobrir de volta de elogios. E a melhor forma de contemplar a imensidão desta colcha de belezas é mesmo do alto. Um sobrevoo sob o maior campo de dunas da América do Sul é uma experiência quase sobrenatural (os vídeos foram gravados antes da pandemia).

Lençóis Maranhenses

Dois terços da área do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, que foi criado em 1981 e tem o tamanho da cidade de São Paulo, é composto apenas por dunas. Somente de cima é que se tem a real dimensão deste deserto brasileiro e seu infinito de areias brancas e finas. Com tanta propaganda, a Coluna Turismo de Valor, que fez os passeios no Maranhão com a Taguatur Turismo, decidiu então embarcar em um monomotor para ver se o passeio, de fato, correspondia à fama. As expectativas não foram atendidas. Mas sim superadas. É realmente impressionante ver aquele monumental lençol claro repleto de círculos em tom esmeralda das lagoas. A melhor época para ir é logo após as chuvas quando elas se formam e ficam mais cheias, entre os meses de abril e agosto. No período seco quase todas desaparecem.

Para se jogar neste tecido, existem várias bases ao redor dele. Uma das principais é Barreirinhas. É do pequeno aeroporto da cidade de onde partem as aeronaves. A empresa escolhida foi a Voar, que atua há mais de 8 anos com mais de 3 mil horas de voo no local. Ela disponibiliza quatro rotas aos turistas. A primeira vai direto aos chamados Grandes Lençóis, passando pelos circuitos das lagoas Bonita e Azul, em 30 minutos.

A segunda tem no roteiro os Pequenos Lençóis e outras localidades como Mandacaru, Caburé e Atins, no mesmo tempo. A terceira contempla os dois trajetos em 45 minutos de voo. Já a quarta, em uma hora, inclui o roteiro da terceira mais Queimada dos Britos, que fica no lado aposto. Pode até parecer pouco tempo, mas quando se está lá em cima diante daquele cenário mágico cada minuto é uma eternidade. Os preços variam de 350 a 650 reais por pessoa e vale cada centavo.

A equipe de reportagem optou pela primeira rota. O avião modelo Cessna 172, tem quatro lugares, asa alta (o que facilita a visibilidade a partir das suas janelas), bastante estável e muito utilizado para treinamentos e lazer. Quem apresentou o monomotor foi o piloto Murilo Efrain. “Nós trabalhamos com três aeronaves deste modelo, que é reconhecido mundialmente como seguro, com todas as revisões feitas periodicamente. Aqui oferecemos a oportunidade de conhecer todos os pontos turísticos da região de uma só vez. É um prazer proporcionar esta experiência única aos turistas e ver o brilhos nos olhos deles quando estamos lá em cima”, contou Murilo.

Sobrevoo

Embarcamos no monomotor junto com um casal de coreanos, mais uma prova do quanto os Lençóis Maranhenses são famosos no exterior. A decolagem é bem tranquila e em pouco tempo já avistamos de longe o imenso parque de dunas. Aos poucos você vai sendo coberto pelos lençóis. Se a visão plana deles que se tem quando se está no solo já impressiona, do alto então é magnífica. A aeronave faz um voo bem lento e contemplativo. A altitude varia de 2000 a 500 pés, pouco mais de 150 metros, bem próximo aos paredões de areia. A dica é fazer o passeio logo no começo da manhã ou no final da tarde, quando os contornos da paisagem ficam ainda mais nítidos e coloridos.

Maravilhados, os turistas nem percebem o tempo passar. Quando menos se espera o monomotor já está descendo, no retorno para a pista. Apesar de calmo, o pouso não deixa de ser um choque. De realidade. De quem voltou para a terra com uma lembrança eterna do céu do Maranhão.

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