Um tribunal britânico começou a analisar, nesta terça-feira (19), a denúncia apresentada pela duquesa de Sussex, Meghan, esposa do príncipe Harry, contra o jornal sensacionalista Daily Mail, que ela denuncia por invasão de privacidade mas contra o qual quer evitar um julgamento midiática.
A ex-atriz americana, de 39 anos, acusa a empresa editora Associated Newspapers - que publica o Daily Mail, o Mail Online e sua versão dominical Mail on Sunday - de violar seus direitos ao publicar trechos de uma carta manuscrita enviada ao seu pai, Thomas Markle, em 2018.
Em um primeiro momento, o julgamento foi programado para janeiro de 2021, mas alegando uma "razão confidencial" os advogados da duquesa pediram um adiamento para o outono.
No entanto, paralelamente Meghan pediu um "julgamento sumário", um procedimento no qual a lei anglo-saxônica permite que um caso seja resolvido sem julgamento. E isso é o que a Alta Corte de Londres analisa nesta terça e quarta-feira.
Se o juiz decidir em seu favor, o caso está acabado e sem chance de apelação. Mas se a duquesa perder, o caso terá um julgamento completo que Meghan teria que enfrentar com seu pai, com quem mantém uma relação muito tensa, diante do tribunal para testemunhar.
Evitando um julgamento, a esposa do príncipe - neto da rainha Elizabeth II - quer evitar que, como autorizou a justiça em setembro, a Associated Newspapers apoie sua defesa no livro "Finding Freedom", uma biografia recente sobre o casal e seu afastamento da monarquia britânica.
Os advogados do grupo afirmam que Meghan "cooperou com os autores" desse livro, que faz referência à carta, o que ela nega.
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