Tarcísio Meira, falecido nesta quinta-feira (12), em decorrência de complicações causadas pela covid-19, foi um ator prolífico, que trabalhou em mais de 60 papéis. Sua trajetória remonta aos primeiros anos da televisão e ele marcou história no veículo, tendo, inclusive, participado da primeira telenovela diária do País.
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Considerado um grande galã no começo dos anos 1960 e na década de 1970, Tarcísio teve o desejo de ampliar seu leque de personagens, apostando em outros tipos, entre eles homens de personalidade duvidosa. Na televisão, recebeu muitos elogios como João Coragem, em Irmãos Coragem (1970), que marcou a teledramaturgia brasileira.
No cinema, alguns de seus personagens marcantes foram como Aprígio, na adaptação para o cinema de O Beijo no Asfalto (1981), de Nelson Rodrigues; Cristo Militar, em A Idade da Terra (1981), de Glauber Rocha, e Marcelo, em Eu (1987), de Walter Hugo Khouri.
O também participou da versão original de Guerra dos Sexos, em 1983, arriscando-se na comédia, e de Roque Santeiro (1986), como o fazendeiro Emerenciano Castor. Roda de Fogo (1986), Tieta (1989) e Fera Ferida (1993) também foram trabalhos de destaque.
O Rei do Gado, de 1996, foi outro sucesso na carreira de Tarcísio, que interpretou o fazendeiro Berdinazzi, inimigo do personagem de Antônio Fagundes, Mazenga.
Em 1998, participou de Torre de Babel, como César Toledo, e no mesmo ano fez a icônica Hilda Furação, onde apareceu como Coronel João Possidônio. Como o comerciante Dom Jerônimo, na minissérie A Muralha, recebeu elogios do público e da crítica, ganhando o prêmio de melhor ator pela Associação Paulista de Críticos de Arte.
As gerações mais novas também se lembram de seus papéis em O Beijo do Vampiro, de 2002, onde interpretou o vampiro Bóris Vladescu. Tarcísio Meira também esteve no sucesso A Favorita, de 2008, e no remake de Saramandaia, em que interpretouTibério.
Seu último personagem na Globo foi Sir George Magnus Williamson, em Orgulho e Paixão, exibida em 2018.