Após a morte do autor de novelas Gilberto Braga, de 75 anos, na noite desta terça-feira (26), a atriz Zezé Motta prestou homenagens ao escritor. Intérprete de Sônia na novela "Corpo a Corpo", de 1984, ela agradeceu ao novelista pela inserção da discussão sobre racismo na obra.
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"Querido Gilberto, você me presenteou com o papel que marcou a minha história na TV Brasileira. Graças a você pude viver a Sônia em 'Corpo a Corpo', personagem que é lembrada até hoje. Foi um divisor de águas. Em 1984, graças a você falamos de racismo em horário nobre.", disse a atriz no Instagram.
Ela relembrou os momentos deles dois como amigos. "Fomos amigos, demos boas risadas, tomamos bons drinks, vivemos... A minha admiração pelo #GilbertoBraga sempre foi gigante, assim como ele era. Gilberto era um gênio. Deixa um marco na história da teledramaturgia. Descanse em paz meu querido, sinto sua perda, é o Brasil e a TV mais uma vez ficando órfãos. Adeus meu amigo, Zezé Motta.", complementou a atriz.
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Como foi a novela?
Conhecido pelo caráter político nas suas novelas, chegando ao auge em "Vale Tudo", de 1988, Gilberto Braga trouxe o racismo como um dos motes para "Corpo a Corpo", quando a ditadura militar estava prestes a acabar no Brasil.
Discussão sobre o tema veio através da família de Antônio (Waldir Onofre) e Jurema (Ruth de Souza), que eram negros de classe média na novela. A filha do casal, Sônia (Zezé Motta), uma jovem arquiteta, começou a namorar Cláudio (Marcos Paulo), filho de um rico empresário, e passa a sofrer discriminação racial por parte da família dele.