INVESTIGAÇÃO

Câmeras não registraram queda do avião de Marília Mendonça, diz polícia

Segundo delegado, os peritos já realizaram buscas em câmeras de segurança instaladas próximas ao local, mas nenhuma delas continha imagens do acidente

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Estadão Conteúdo

Publicado em 10/11/2021 às 18:43 | Atualizado em 10/11/2021 às 18:52
Avião que levava Marília Mendonça caiu nesta sexta (5) - POLÍCIA CIVIL DE MG/AFP
A Polícia Civil de Minas Gerais ainda não conseguiu imagens da queda do avião que causou a morte da cantora sertaneja Marília Mendonça e de outras quatro pessoas, no último dia 5, em Caratinga, interior de Minas Gerais. De acordo com o delegado regional Ivan Lopes Sales, os peritos já realizaram buscas em câmeras de segurança instaladas próximas ao local, mas nenhuma delas continha imagens do acidente.
Próximo à cachoeira onde o avião caiu, existe um condomínio com residências equipadas com câmeras, mas elas não estavam voltadas para o ponto em que se deu o acidente.
As imagens ajudariam a polícia a entender a dinâmica dos fatos. O que se sabe por testemunhas e pela perícia preliminar é que o avião teria se chocado contra o cabo de um linhão de transmissão de energia e perdido um dos motores, ficando descontrolado após o choque. Ainda não se sabe, no entanto, porque o bimotor voava em altitude mais baixa que a necessária para transpor o obstáculo.
Conforme a Polícia Civil, a fuselagem do King Air acidentado já foi levada para a sede do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III) no Rio de Janeiro para a perícia de peças e componentes. Houve, no entanto, uma mudança em relação aos dois motores da aeronave, que seriam enviados para análise em uma empresa de Sorocaba, interior de São Paulo.
O comando da Aeronáutica optou pelo envio dos equipamentos para o Centro de Serviços Aeronáuticos (CSA), em Goiânia (GO), onde os peritos do Seripa consideraram haver estrutura para a inspeção. O transporte será realizado nesta quarta-feira (10).
No inquérito que apura o acidente, a Polícia Civil já ouviu o dono da aeronave, que também é um dos sócios da empresa PEC Táxi Aéreo. Outras testemunhas foram convocadas para prestar depoimento.
A polícia ainda aguarda a chegada dos laudos da perícia para completar a investigação que irá apurar eventuais responsabilidades criminais envolvendo o acidente. No caso da investigação pelos órgãos da Aeronáutica, o principal objetivo é conhecer as causas para prevenir e evitar novos acidentes.
 

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