MÚSICA

Festival Guaiamum Treloso Rural: conheça Rachel Reis, a revelação do pop baiano

Com o repertório baseado no EP "Encosta", Rachel fará um show no festival Guaiamum Treloso Rural (GRT), em Aldeia, às 16h20

Cadastrado por

Bruno Vinicius

Publicado em 08/04/2022 às 16:50 | Atualizado em 08/04/2022 às 17:08
Rachel Reis tem tido repercussão com seu trabalho no streaming e nos festivais - LUCAS RAION/DIVULGAÇÃO

Quem acompanha o bom momento da música baiana deve ter esbarrado com "Maresia" nas plataformas digitais ou nos compartilhamentos de amigos nas redes sociais. A música, que que carrega uma letra em um canto doce à base no arrocha baiano, já tem milhões de reproduções nos principais sites de música. Ela que fez ecoar a voz de Rachel Reis, de 24 anos, de Feira de Santana aos principais circuitos de música neste ano. Inclusive, a baiana se apresenta pela primeira vez em Pernambuco neste sábado. Com o repertório baseado no EP "Encosta", Rachel fará um show no festival Guaiamum Treloso Rural (GRT), em Aldeia, às 16h20.

O reencontro de Rachel Reis com a música, assim como seu sucesso instantâneo, foi quase um acaso. Ela já cantava em bares e festas da cidade natal, mas havia paralisado as atividades em 2018. Voltou em 2020, na pandemia, quando a música só chegava aos ouvidos através dos aparelhos eletrônicos. "Eu comecei em 2016, nesse período eu fazia barzinho. Tudo que aparecesse eu fazia. Antes disso, eu não tinha vontade de entrar vontade de entrar na carreira da música. Minha mãe era cantora de seresta, há 15 anos é cantora gospel. Eu passei dois anos, de 2016 a 2018, fazer eventos como aniversários e casamentos. Literalmente todo fim de semana. Mas eu dei uma pausa em 2018, porque eu queria estudar e porque estava cansada. Achei que nem queria cantar mais", conta Rachel.

"Depois eu entendi que eu queria cantar as músicas minhas. E fui conhecer esse processo em 2019, como funcionava um estúdio e uma produção para saber quais corres eu tinha que dar para isso acontecer. Eu comecei em 2020. Até aí então eu tinha uma noção de números de plataforma, mas não esperava que esses números fossem se converter em pessoas. Quando eu fiz meu primeiro show em Salvador, na época, a ficha só caía quando a galera começava a cantar comigo. Até então, achava que a galera estava lá só de bobeira. Mas foi muito massa", conta a artista.

O primeiro trabalho de Rachel, que tem pegadas de sons da Bahia ao Caribe, é fruto de uma mistura que ela mesma escuta e tem influência em casa. O pagodão baiano e o arrocha se misturam com gêneros como o R&b, afrobeat e o pop. "Eu sou uma pessoa muito aleatória, minhas playlists são muito misturadas. Minha mãe é uma ex-cantora de seresta, então acho que acaba influenciando muito. Agora, tem uns artistas que são minhas inspirações, que são Amy Winehouse, Milton Nascimento, Jorge Ben Jor, Céu e Baiana System. Mas num geral eu escuto de tudo mesmo. E isso acaba influenciando muito na forma de compor e produção", explica.

Sucesso espontâneo

Maior sucesso de Rachel até o momento, "Maresia" não entraria no EP "Encosta" por "implicância", como a artista diz. "A ideia era fazer uma misturinha do que a gente escutava na Bahia, só que 'Maresia' não iria entrar. Eu estava com um pouco de implicância com Maresia. Influenciou muito a gente ouvir muito a música antes de sair. E aí eu estava com um pouco de implicância, ficando de stand by. Aí comecei a ouvir com um pouco mais de calma e pensei "poxa, isso aqui tá bom. Vamos lançar". E depois que o EP bateu uma quantidade legal de número, a gente lançou como uma faixa bônus. E está reverberando aí essa loucura", afirma a cantora.

Baiana Rachel Reis é uma das atrações do Guaiamum Treloso Rural 2022 - Marias Produtora/Divulgação
Rachel Reis tem tido repercussão com seu trabalho no streaming e nos festivais - Lucas Raion/Divulgação
Rachel Reis tem tido repercussão com seu trabalho no streaming e nos festivais - Caio Lírio/Divulgação

O primeiro álbum inédito de Rachel também deve ser uma das novidades neste ano. "Está mais perto do que nunca, graças a deus. Está sendo correria, mas ele está 80% pronto. Então esse não passa". "Eu acho que vai conversar com o EP, porque está dentro do mesmo universo. O EP era uma sonoridade que eu queria trazer e o álbum não foge muito disso não. Vai ter coisa bem diferente, algumas produções um pouco diferentes, mas acaba conversando nesse mesmo universo", explica sobre o processo de produção.

Presença nos festivais

De uma artista que surgiu aos olhos do público virtualmente na pandemia a uma boa sequência de festivais: a agenda de Rachel Reis está repleta de shows nos circuitos brasileiros. E ela comemora. "Está sendo uma experiência muito boa, porque meu sonho era cantar nos festivais. De repente, está rolando os festivais e estou ao lado de pessoas que gosto muito e admiro muito na música. Está sendo uma experiência muito doida, muito boa e é como uma realização", comemora.

"Espero que a galera goste. Ainda estou nesse processo de me entender com o palco, de me entender com o público. Eu sinto que sempre que o pessoal, dependendo do palco quando é aberto, aí eu me abro mais ainda. Eu ainda estou nesse processo de me entender no palco. Mas acho que vai ser legal e está sendo legal pelas experiências que estou tendo", revela, sobre o seu show neste sábado no Guaiamum Treloso Rural.

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