O relato da atriz Klara Castanho, que engravidou após um estupro e decidiu doar o bebê para a doação, teve uma grande repercussão negativa para os comunicadores envolvidos no vazamento da história: o jornalista Léo Dias e a apresentadora Antônia Fontenelle. A jovem divulgou o relato no sábado (25).
Tudo começou quando a influenciadora Fontenelle disse em uma live que uma atriz global de 21 anos teria engravidado e doado a criança para adoção. De acordo com ela, o jornalista Léo Dias teria descoberto o ocorrido e que Klara [sem citar o nome da atriz] teria implorado para a notícia não vazar.
Antônia Fontenelle se pronuncia sobre caso de Klara Castanho
Após a divulgação de uma carta aberta de Klara Castanho, Antônia Fontenelle usou as redes sociais para comentar sobre o caso. Por meio de seu perfil no Instagram, ela rebateu as críticas ao dizer que abordou o assunto sem citar nomes. Apesar disso, foi o seu comentário que contribuiu para um movimento de ataques direcionados a Castanho nas redes sociais.
"Quando eu fiz a live e não citei o seu nome, Klara, só me veio na cabeça a história que chegou até a mim, que foi uma criança negra indo para um abrigo. Eu sei muito bem o que passa uma criança negra num abrigo, à espera de uma doação", disse Fontanelle. Assista:
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"O que eu gostaria é que nenhum inocente passassem pelo o que eles (crianças) passam. As nossas crianças estão à deriva. Se você soubessem o que eu recebo por dia de violência pela mulher. Eu também quero te oferecer ajuda, isso daqui não é papo de internet, de lacração", continua. "Quero te ajudar a colocar quem fez isso com você na cadeia. Me deixe te ajudar."
Antes da grande repercussão negativa do caso, no entanto, Antônia Fontanelle continuou alegando que a entrega do bebê para a adoção foi um "abandono de incapaz". O portal Splash, do Uol, afirmou que Fontanelle reagiu com a seguinte frase ao ser procurada pela reportagem: "E o que eu tenho a ver com isso?".
Entenda o caso de Klara Castanho
Após muita especulação e versões diferentes da história, Klara Castanho falou sobre o ocorrido e disse que estava "com muita dor por ter que reviver a história".
"Esse é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo. No entanto, não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma que eu sofri. Eu fui estuprada", começou ela no que chamou de "carta aberta".
A atriz afirmou que o estupro aconteceu quando estava longe da família, amigos e da sua cidade. "Não, eu não fiz boletim de ocorrência. Tive muita vergonha, me senti culpada. Tive a ilusão de que se eu fingisse que isso não aconteceu, talvez eu esquecesse, superasse", continuou.
Ela contou que tomou pílula do dia seguinte e fez alguns exames, mas continuou no seu cotidiano se sentindo "despedaçada". Meses depois, ela começou a passar mal e descobriu que estava grávida, quase no término da gestação. "Foi um choque. Meu mundo caiu. Meu ciclo menstrual estava normal, meu corpo também. Não tinha ganhado peso e nem barriga", descreveu. Ela conta que ao fazer o exame se sentiu "novamente violada, novamente culpada".
Klara diz que revelou ao médico o que tinha acontecido e ele não teve "nenhuma empatia por mim". O profissional fez um discurso dizendo que ela seria obrigada a amar a criança.
A atriz afirmou que o estupro aconteceu quando estava longe da família, amigos e da sua cidade. "Não, eu não fiz boletim de ocorrência. Tive muita vergonha, me senti culpada. Tive a ilusão de que se eu fingisse que isso não aconteceu, talvez eu esquecesse, superasse", continuou.
Ela contou que tomou pílula do dia seguinte e fez alguns exames, mas continuou no seu cotidiano se sentindo "despedaçada". Meses depois, ela começou a passar mal e descobriu que estava grávida, quase no término da gestação. "Foi um choque. Meu mundo caiu. Meu ciclo menstrual estava normal, meu corpo também. Não tinha ganhado peso e nem barriga", descreveu. Ela conta que ao fazer o exame se sentiu "novamente violada, novamente culpada".
Klara diz que revelou ao médico o que tinha acontecido e ele não teve "nenhuma empatia por mim". O profissional fez um discurso dizendo que ela seria obrigada a amar a criança.