Klara Castanho decidiu tomar medidas judiciais contra os envolvidos na exposição da entrega de um bebê para a doação, incluindo a apresentadora Antonia Fontenelle. A atriz foi vítima de um estupro, engravidou e optou por entregar a criança legalmente.
Na Justiça, Klara Castanho entrou com uma liminar para que Fontenelle fosse obrigada a apagar um vídeo postado no YouTube em 24 de junho, no qual a apresentadora fala sobre o caso, mesmo sem citar nomes. Também pede uma indenização de R$ 100 mil por danos morais.
Antonia expôs a respeito de um processo cujo sigilo é garantido por lei, além de ter sugerido que a atriz teria cometido o crime de "abandono de incapaz".
As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo. A juíza Flávia Viveiro de Castro, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca, do Rio de Janeiro, negou a liminar da atriz contra a apresentadora a respeito da remoção do vídeo. O pedido de indenização ainda não teria sido julgado.
Juíza nega limitar de Klara Castanho contra Antonia Fontenelle
Em um trecho de sua decisão, a juíza justifica: "Os fatos relatados neste processo são de conhecimento público. Inclusive no que diz respeito às declarações publicadas pela ré, que, pelo que se viu no YouTube para poder decidir a tutela antecipada, no primeiro momento não revelou o nome da autora em suas críticas", escreveu a juíza.
"Desta forma, não se justifica o segredo de justiça. Trata-se de pretensão que objetiva responsabilizar a ré por suas declarações e postagens. Os fatos, os comentários sobre os fatos, as postagens estão todas na rede social. Não se pode censurar um discurso, por mais que com ele não concordemos. Isso, entretanto, não livra aquele que publica e emite opinião ofensiva, ou que espalha um discurso de ódio, produzida a prova e provados os fatos, de ser responsabilizado pelo que divulgou".