Ações da Embraer afundam após rompimento de acordo com Boeing

Ações da Embraer caem até 15%, Petrobras zera alta com petróleo
Manuela Figuerêdo
AFP
Publicado em 27/04/2020 às 11:35
Empresa Embraer Foto: Foto: Agência Brasil


As ações do fabricante brasileiro de aviões Embraer despencaram mais de 11% na Bolsa de São Paulo nesta segunda-feira (27), após o anúncio, no último sábado, do rompimento de seu processo de fusão com a americana Boeing. Às 10h54, as ações do terceiro fabricante mundial de aviões caíram 11,23%, depois de afundarem mais de 15%, enquanto o índice Ibovespa dos principais valores ganhava 2,73%.

De acordo com o site Infomoney, entre as maiores altas, estão Via Varejo com aquisição da empresa ASAPLog, de Curitiba (PR), e elevação de recomendação. Segundo o banco Bradesco BBI, a melhora na nota da Via Varejo aconteceu porque a empresa reforçou o seu canal de comércio eletrônico em meio à epidemia do coronavírus e prepara planos para o pós-pandemia.

Ao mesmo tempo, a BR Distribuidora, Lojas Americanas e B2W subiram após anunciarem parceria. A BR Distribuidora anunciou uma parceria com a empresa de e-commerce B2W com o objetivo de oferecer uma nova forma de pagamento para clientes dos postos Petrobras: agora será possível pagar pelo combustível usando o app da Ame Digital, fintech e plataforma de negócios da Lojas Americanas.

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Pétroleo abaixo de zero

A crise desencadeada pelo coronavírus reduziu em um terço a demanda mundial de petróleo. A produção global, contudo, foi inicialmente acelerada pela crise entre a Rússia e a Arábia Saudita. O resultado disso é: excesso de petróleo e esgotamento gradual da capacidade de armazená-lo. Soma-se a essa relação distorcida entre oferta e demanda o vencimento dos contratos de maio do WTI no mercado futuro. Sem ter onde estocar o petróleo comprado, muitos investidores preferiram pagar para devolver os barris comprados, o que levou ao preço negativo. Houve um descasamento entre o mercado "de papel" (da bolsa) e o "físico" (armazenamento do produto). "A desconexão entre as bolsas de valores e a realidade econômica foi baseada em um otimismo que dificilmente será verdadeiro", escreveu Joshua Mahony, analista sênior de mercados do banco suíço IG em relatório.

 

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