O Recife foi a única capital, dentre as pesquisadas pelo FipeZap, a apresentar redução no preço dos imóveis ao longo de 2020. No acumulado do ano, o resultado da capital pernambucana foi de - 0,38%, enquanto cidades como Salvador e Fortaleza encerraram 2020 com, respectivamente, altas de 3,61% e 2,74%. Das 15 cidades pesquisadas, o menor percentual, exceto o Recife, ainda foi de crescimento (+1,60%), no Rio de Janeiro.
Mesmo com a redução, das três capitais nordestinas já citadas, o Recife tem em média o metro quadrado mais caro (R$ 6.212). Os bairros do Poço da Panela (R$ 8.232) e Pina (R$ 8.126) apresentam as maiores médias. Já os bairros do Arruda (R$ 3.706) e Macaxeira (R$ 3.179) detêm os menores preços na capital do Estado.
Este foi o segundo ano consecutivo de redução no preço dos imóveis quando considerado o acumulado do ano. No Recife, em 2019, o percentual ficou em -1,54%. No acumulado de 2020, a inflação no Recife foi de 4,38% e o IGP-M, que mede a variação de preços para reajuste de contratos de aluguéis, saltou 23,14%.
O levantamento do Fipe-Zap é baseado em 22.068 anúncios publicados na internet e pode não refletir os dados levantados pelas associações das empresas imobiliárias e demais representantes do mercado. Mesmo com o resultado negativo no acumulado do ano, o índice apresentou alta no preço dos imóveis em dezembro - quando a variação no Recife foi de 0,59%; e em novembro, com o indicador alcançando alta de 1,22%.
“Na comparação entre a variação acumulada do Índice FipeZap e a inflação esperada, a expectativa é que o preço médio de venda dos imóveis residenciais encerre o período com queda real de 0,66% (em todo o País). À exceção de Recife, onde o preço médio de venda residencial apresentou queda de 0,38% no ano, as demais capitais monitoradas pelo Índice FipeZap registraram avanço no período”, diz o FipeZap em nota.
País
No Brasil, o preço de venda de imóveis residenciais encerrou 2020 com alta acumulada de 3,70% e avanço de 0,47% no mês de dezembro.