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Pix: golpes antigos voltam à moda; saiba como se proteger

É preciso ficar muito atento para não ser vítima desses crimes

Cadastrado por

JC

Publicado em 16/04/2021 às 17:11 | Atualizado em 16/04/2021 às 17:13
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu ao presidente do Banco Central a possibilidade de parcelamento de dívidas no Pix - MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

Com a praticidade da utilização do Pix para realizar transações financeiras e com o aumento do limite de transferências autorizado pelo Banco Central, pessoas estão se aproveitando de golpes antigos para tentar praticar crimes. Para evitar cair nesses golpes, o educador financeiro e CEO do Dinheiro Com Você, William Ribeiro, dá dicas sobre como se proteger. 

"Ao mesmo tempo em que o Pix tem se tornado extremamente comum nas transações e pagamentos dos brasileiros, é uma tecnologia ainda nova. Isso significa que nem todo mundo entende e domina o seu funcionamento. Eis então a grande janela de oportunidade para os bandidos e o motivo de tanta gente estar caindo em golpes antigos. São histórias que parecem impossíveis de acreditar, mas que a falta de atenção, a correria do cotidiano ou mesmo a ganância, acabam colaborando para que a gente forneça nossas informações pessoais e financeiras a quem não deveríamos", comenta. 

Confira os golpes mais comuns e como se proteger 

1. Whatsapp clonado

 

Ribeiro diz que o golpista se passa por funcionário do banco e informa que, por motivos de segurança, irá enviar um código por SMS. Com isso, a pessoa poderá "sequestrar" a conta no aplicativo, "podendo se passar por você para aplicar golpes em seus amigos e familiares".

Por conta disso, o educador finaneiro alerta que escolher o número de telefone celular como chave do Pix não é recomendado.

"Qualquer pessoa que tenha acesso ao seu número de celular (capturado em um grupo de Whatsapp, por exemplo) pode simular uma transferência via Pix. E pronto: passa a ter acesso ao seu nome completo e o banco no qual você tem conta", pontua.

Ele explica qual é o risco do acesso a essas informações. "Sabendo que você é correntista de um determinado banco, o trabalho do golpista é facilitado. Ele pode fazer o contato, já informando previamente algumas informações bancárias suas. Em alguns casos, pode ligar inclusive de um número clonado do próprio banco em que você tem conta, dizendo que foram identificadas transações suspeitas no seu extrato". 

- Como se proteger

Para evitar esse tipo de problema, Ribeiro lembra que você deve habilitar a autenticação em duas etapas criando um “pin”, como se fosse uma segunda camada de segurança, uma senha com seis números. “Se alguém tentar clonar seu Whatsapp, mesmo que tenha acesso ao código que recebeu pelo SMS, sem o pin, ele não vai conseguir”.

2. Whatsapp falso

Além de clonar o WhatsApp, o golpista pode também criar uma nova conta no aplicativo e se passar pela vítima, colocando foto que pode ser facilmente encontrada nas redes sociais. 

A partir de então, ele entra em contato com amigos e familiares, pedindo dinheiro por meio de transferências pelo Pix, informando uma chave ou enviando um QR Code.

- Como se proteger

“Se algum conhecido entrar em contato de um jeito estranho, contando uma história qualquer, dizendo estar precisando de dinheiro, fique atento! O melhor é entrar em contato com a pessoa por uma linha de telefone que não seja via Whatsapp para confirmar se o contato foi feito por ela mesma.”

Ribeiro ainda explica porque apenas confirmar que o número do celular está correto não é uma forma segura de proteção. “Se você confirmou que o telefone que entrou em contato com você é realmente da pessoa, lembre-se, ela pode estar sendo vítima do golpe 1, com seu Whatsapp sendo clonado. Por isso, em todos os casos, procure sempre fazer contato com a pessoa por telefone”.

3. Falso funcionário do banco

Nessa modalidade, o golpista também entra em contato com você, fingindo ser um funcionário do banco. No entanto, ao contrário do primeiro golpe, neste caso ele está interessado em fazer com que a vítima realize uma transferência.

"Dessa vez, ele vai te dizer que entrou em contato para lhe ajudar a cadastrar ou a confirmar a sua chave Pix na instituição em que você tem conta. E eles podem ser tão convincentes a ponto de até colocar uma gravação ao fundo, como se fosse a movimentação de uma operação de telemarketing, com pessoas falando e digitando. Mais uma vez, ele conquistou sua atenção e sua confiança e vai pedir para fazerem um teste que envolve o envio de dinheiro. E se isso acontecer com você, saiba que esse valor você nunca mais verá de volta", reforça.

- Como se proteger

Este é um procedimento que não existe em nenhuma instituição bancária. "Pode ter certeza, funcionário de banco nenhum liga para você para resolver qualquer problema de Pix. Nessa situação, é só ficar atento em caso de um contato como esse que solicite suas informações pessoais. Desconfie e nunca faça qualquer transferência para quem não conhece".

4. Bug no Pix

"Você recebe um contato, uma mensagem por Whatsapp ou um e-mail, dizendo que naquele momento ocorreu um bug no Pix. Alguém teria percebido que, ao fazer uma transferência, o dinheiro voltaria em dobro para a sua conta. Essa pessoa fictícia, muito “gentilmente”, resolve passar a dica para frente para que todo mundo, assim como ele, tenha a oportunidade de lucrar com esse problema técnico", alerta. 

- Como se proteger

A solução para este problema é muito simples, segundo o educador financeiro. "Não existe dinheiro fácil e nem mágica, desconfie sempre", finaliza. 

 

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