Atualizado em 17.08.21, às 15h26
A Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira (17) a 55ª Operação de Repressão Qualificada de 2021. Batizada de "Summit", a ação, ligada à Diretoria Integrada Metropolitana (DIM), conta com a atuação de 150 policiais, entre delegados, agentes e escrivães, além do apoio operacional da Polícia Civil do Rio de Janeiro e Bahia.
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As investigações que deram início à "Summit" começaram em janeiro de 2021 buscando identificar e desarticular uma organização criminosa responsável por crimes de peculato, lavagem de dinheiro, crimes contra a economia popular, contra o consumidor e contra a ordem econômica.
"A quadrilha agia a partir de um modelo criado fraudulento no Rio de Janeiro e se tratava de empresas legalmente constituídas para o fim de dar golpes. Elas atuavam sem autorização do Banco Central ou da Comissão de Valores Mobiliários", disse o delegado Carlos Couto. A ação aconteceu simultaneamente em Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro.
De acordo com o órgão, a principal alvo era servidores públicos e pessoas aposentadas e pensionistas. "Eles descobriam os dados das pessoas e ligavam para elas oferecendo oportunidade de negócio, sem dar chance para o consumidor pensar", explicou o delegado.
As vítimas, por sua vez, eram induzidas a realizar empréstimos para investir na empresa fraudulenta e o valor era utilizado para pagar investidores da base da cadeia. Dessa forma, o ato fica caracterizado como pirâmide financeira.
Durante a operação, o policiais cumprem 32 mandados de busca e apreensão Domiciliar, além do bloqueio de ativos financeiros. As ordens judiciais foram expedidas pela Primeira Vara Criminal da Capital.
Um das instituições sob a mira da operação atuava no 5º andar de um prédio localizado na praça da Independência, no Centro do Recife. No local, as equipes da PC-PE precisaram do auxílio de um pé de cabra. Com isso, os agentes arrombaram um arquivo e recolheram documentos e computadores. Fiscais do Procon interditaram o estabelecimento.
"A empresa era uma ponte para induzir as pessoas a retirarem o empréstimo e investir nessa falsa empresa. Ela atuava como pirâmide e de forma clandestina aplicando golpe nos consumidores", disse a gerente geral do Procon Pernambuco Daniele Sena.
Apesar da operação, a polícia não divulgou quantas pessoas podem ter sido vítimas da organização criminosa. No entanto, Daniele afirmou que o órgão teve acesso a contratos de vítimas que investiram valores como R$ 10 mil ou até mesmo R$ 200 mil.