O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou, na manhã desta quarta-feira (10), uma operação contra uma organização criminosa que teria movimentado R$ 80 milhões em dois anos, utilizando empresas de fachada para firmar contratos de fornecimento de alimentação para órgãos públicos.
A ação, batizada de Gorgulho, conta com o apoio da Polícia Militar (PM) e cumpre mandados de busca e apreensão contra cinco empresas e nove pessoas, no Recife, São Lourenço da Mata e Itapissuma, na Região Metropolitana.
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O material apreendido nas sedes de empresas e residências das pessoas físicas inclui telefones celulares, computadores, pen drives, documentação e valores em espécie, incluindo R$ 53.500,00 em uma empresa no bairro do Cabanga, no Recife. No mesmo local também foram encontrados dois caminhões e pacotes de alimentos.
"Tivemos uma operação exitosa. Daqui o material seguirá para o Gaeco, onde a documentação física será analisada e os equipamentos eletrônicos passarão por análise forense, a fim de permitir a continuidade do trabalho investigativo", ressaltou o coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Frederico Magalhães.
Participam da Operação Gorgulho onze promotores de Justiça, 15 servidores do Gaeco/MPPE e um efetivo de 13 integrantes da Assessoria Ministerial de Policiamento Civil e Militar (AMPC) e 37 policiais militares de unidades da Diretoria Metropolitana (1°, 6°, 12°, 13°, 16°, 19° e 25° Batalhões de Polícia Militar) e da Diretoria Especializada (Batalhão de Choque, RPMon, Ciatur, CIPCães, BPGd e 1° BPTran).
Gorgulho
A operação recebeu o nome de uma família de besouros que ataca grãos em plantações ou estocados, causando a perda dos alimentos. "O besouro é considerado uma praga por seu efeito devastador; podemos dizer que essa organização criminosa causa o mesmo malefício aos cofres públicos", explicou a promotora de Justiça Aline Florêncio.