No mês de outubro de 2023, o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec/CNC) apresentou movimento lateral em Pernambuco, influenciado pela inflação nos combustíveis, com destaque para o diesel, que registrou um aumento de 12,9% em relação ao mês anterior.
Neste mês, 47,1% dos comerciantes de bens não duráveis, como alimentos, bebidas, combustíveis e medicamentos, afirmam que as condições atuais do setor melhoraram.
Gestores das empresas menores, com até 50 funcionários, têm uma expectativa positiva de contratação de colaboradores para os próximos meses: cerca de 75,7% afirmam que vão aumentar o quadro de empregados. Destaca-se o setor de semiduráveis (vestuários, calçados, perfumes), no qual 81,5% dos empresários acreditam que vão empregar mais nos próximos meses.
Enquanto isso, para o mês de outubro, o Icec/CNC revela que os grupos de atividades que comercializam bens duráveis (geladeira, máquina de lavar, fogão) seguem pessimistas em relação às condições atuais da economia brasileira. Os resultados acompanham a percepção indicada pela pesquisa do ICF/CNC, na qual se revelou que a maioria dos consumidores (50,6%) acredita que seja um mau momento para adquirir bens duráveis.
O economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, afirma que "o movimento lateral do Icec/CNC, em Pernambuco, é um sinal de que a confiança do empresariado do comércio está se estabilizando. No entanto, a inflação e a alta taxa de juros ainda são um desafio. O otimismo dos gestores das empresas menores é um sinal positivo, pois indica que o setor ainda tem potencial de crescimento. O otimismo também foi lastreado pelas festas de fim de ano prometem aquecer ainda mais o volume de vendas dessas empresas”.
SOBRE A PESQUISA
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), elaborado pela CNC e publicado nesta quarta-feira (26/10), ganhou um recorte especial para o estado de Pernambuco, feito pela Fecomércio-PE. A sondagem do Icec objetiva mensurar o nível de confiança dos empresários e as tendências de ações empresariais nos segmentos do varejo, tais como a propensão para investir e para contratar funcionários.
Além disso, a pesquisa avalia a percepção empresarial acerca das condições atuais e futuras de suas empresas e da economia. Os dados são obtidos junto a 335 empresas da capital pernambucana. O índice 100 marca a fronteira entre a insatisfação e a satisfação do empresário, isto é, abaixo de 100 pontos indicam pessimismo, enquanto acima de 100 pontos indicam otimismo do empresário.