Pelé 80 anos: curiosidades que você (talvez) não sabia sobre o rei

Saiba como surgiu o apelido do Rei do Futebol e outras histórias menos conhecidas de Edson Arantes do Nascimento
Karoline Albuquerque
Publicado em 23/10/2020 às 0:46
Antes de ser eternizado como Pelé, Edson Arantes do Nascimento era chamado de Dico Foto: Foto: Reprodução/Internet


Oitenta anos é um tempo bem longo e dá para acumular bastantes curiosidades da vida. Quer dizer, no anonimato. Algo difícil para Pelé. O rei do futebol foi alçado ao estrelato aos 17 anos, na Copa do Mundo de 1958 e desde então seus passos se tornaram domínio público. Mas, ainda tem coisas que pouca gente sabe sobre o eterno camisa 10, reconhecido pela Fifa como melhor jogador do século XX.

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Para começar, algo importante, como nome do ex-jogador. Todo mundo sabe que Pelé é Edson Arantes do Nascimento. Quer dizer, oficialmente é levemente diferente. A certidão de nascimento do craque o chama de Edison, com um "i", algo que irrita Pelé até hoje. O prenome se trata de uma homenagem. Todo mundo sabe que o rei nasceu em Três Corações, Minas Gerais.

E a pequena cidade tinha algo em comum com várias outras localidades Brasil afora na época: não tinha eletricidade. O advento chegou ao local pouquíssimo tempo antes de Pelé nascer. Ao ver que a mãe Celeste Arantes deu à luz a um menino, o pai João Ramos do Nascimento, o Dondinho, decidiu homenagear aquele que é erroneamente conhecido como o inventor da lâmpada, o norte-americano Thomas Alva Edison (mas o desenvolvimento da lâmpada já é outra história e fica para depois).

Outra relação do melhor de todos os tempos com o inventor tem a ver com uma data. Pelé nasceu de fato no dia 23 de outubro de 1940. Só que, como acontecia com muita frequência naquela época, o jogador teve sua data de nascimento registrada com erro na certidão. O documento diz que Celeste o pariu no dia 21 de outubro, dois dias antes. E 21 de outubro é justamente o dia em que, no ano de 1879, Thomas Edison conseguiu produzir uma iluminação durável.

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Mas, as coincidências entre os famosos Edisons ficam por aí. É melhor levarmos essa energia mais para perto do campo.Por pouco não estaríamos hoje comemorando os 80 anos de Pelé. Não tem a ver com a já mencionada data. Esta sexta-feira (23) seria o dia de celebrar o grande craque brasileiro tricampeão mundial Dico. Pois é. Esse era o apelido dele na infância, dado pelo tio Jorge. A mãe sempre o chamou assim. Veja, através do streaming DAZN, a homenagem do Santos para Pelé.

Chamá-lo de Pelé o irritava. "Eu achava horrível. Edson soava mais sério e importante", recobrou uma vez o craque, ao jornal inglês Guardian. O apelido o rendeu até suspensão na escola. Bateu em um coleguinha por tê-lo chamado assim. Ah, claro, a origem. O "nome artístico" se mistura com a história do goleiro Bilé, que jogava com Dondinho no Vasco de São Lourenço.

Se José Lino ganhou o apelido por ter sido sua primeira palavra, aos 2 anos de idade, depois de passar até por uma benzedeira, mal sabia ele que iria influenciar o mundo do esporte. Pequeno, Pelé acompanhava o pai aos treinos algumas vezes na semana e era fã do goleiro. Gritava incentivos e falava que queria ser igual ao "Pilé" quando crescesse. A distorção infantil do nome se tornou o mais conhecido atleta, mesmo em uma era sem a velocidade das redes sociais.

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E a energia de Pelé há meio século em campo faz inveja aos craques de hoje. Não demorou para que o artilheiro chegasse ao centésimo, ducentésimo gol. Até que, com apenas 21 anos, o ex-atacante chegou ao gol de número 500. Se vale de comparação, Cristiano Ronaldo chegou à marca aos 31 anos e Messi aos 28 anos. Veja, através do streaming DAZN, a homenagem de Zico para Pelé.

A marca de Pelé aconteceu no dia 2 de setembro de 1962. O tento saiu em um clássico entre Santos e São Paulo, pelo Campeonato Paulista. Ele entrou em campo para aquela partida com 498 gols na carreira. O Tricolor abriu o placar e Pelé, de pênalti, empatou. Era o 499. Faltava só um para o primeiro recorde. Mais uma vez, o São Paulo ficou à frente no marcador e coube de novo a Pelé igualar. Ele recebeu de Coutinho na meia-lua e finalizou. Aquele gol indefensável foi o 500. O jogo ainda teve mais dois gols, terminando em 3x3. Quem se importa?

É como o gol mais importante de Dondinho, em sua carreira como jogador. Uma citação do pai de Pelé abre a autobiografia de 2008 do jogador. "O melhor gol que eu marquei foi no um, dois com Celeste: chamamos de Edson Arantes do Nascimento, Pelé."

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