PSG e Istanbul deixam campo após racismo do quarto árbitro

O romeno Sebastian Coltescu proferiu insultos racistas ao auxiliar técnico do Istanbul, Pierre Webó
Karoline Albuquerque
Publicado em 08/12/2020 às 18:07
Jogadores dos dois times foram solidários a um membro da comissão técnica do Istanbul Foto: FRANCK FIFE / AFP


PSG e Istanbul Basaksehir, pela última rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões, acabou com apenas 22 minutos de bola rolando, nesta terça-feira (8). Jogadores dos dois times deixaram o gramado do estádio Parc des Princes após o quarto árbitro se dirigir a um membro da comissão técnica do time turco com ofensas racista.

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O Istanbul só cumpria tabela, já eliminado da competição, enquanto o PSG ainda busca garantir vaga nas oitavas de final, no Grupo H. O jogo começou truncado, com faltas dos turcos e posse de bola dos franceses, quente, mas sem perigo. 

Aos 18 minutos, o árbitro central foi até o banco do Istanbul e expulsou o jogador Demba Ba. O francês ex-Chelsea discutia com o quarto árbitro romeno Sebastian Coltescu. Segundo o atleta, o membro da arbitragem proferiu xingamentos racistas para o ex-jogador Pierre Webó, auxiliar técnico do Istanbul.

Atletas em campo foram conferir o que aconteceu e dirigentes dos clubes também entraram em campo. Após cinco minutos de paralisação, os jogadores do Istanbul decidiram não continuar a partida, em respeito a Webo. Em solidariedade, os jogadores do PSG também saíram.

Segundo o site francês RMC Sport, o assistente do árbitro de vídeo deve substituir Coltescu. As negociações para o reinício do jogo continuaram, mas a partida foi adiada para esta quarta-feira (9).  

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O presidente do Basaksehir disse que a equipe não retornaria se o quarto árbitro seguisse na partida. "O quarto árbitro disse 'negro' na frente de todos! Se o quarto árbitro for retirado do jogo, jogaremos novamente. Se ele ainda estiver em campo, Basaksehir não retornará", disse Göksel Gümüsdag ao canal de televisão turco TRT Sport.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, emitiu um comunicado denunciando "firmemente" o ato racista e pediu à Uefa (entidade que rege o futebol europeu) para atuar no caso. 

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