Após estreia abaixo do esperado, Isaquias Queiroz e Jacky Godmann reagiram na madrugada desta segunda-feira, pelo horário brasileiro, e confirmaram o lugar da dupla na semifinal do C2 1 000 metros da canoagem velocidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Tanto a semi quanto a final estão marcadas para a noite de segunda (de Brasília), manhã de terça no Japão.
Isaquias e Jacky haviam começado mal na eliminatória, quando ficaram apenas em terceiro lugar e não conseguiram avançar diretamente à semifinal. Somente os dois primeiros de cada bateria pulariam as quartas de final, ganhando descanso até terça. Assim, precisaram voltar ao canal Sea Forest, em Tóquio, duas horas depois para, então, garantir a classificação à semifinal.
Pelas quartas, terminaram a bateria com o tempo de 3min48s611, pouco acima do registrado na eliminatória (3min48s378). Nas quartas, eles precisavam chegar entre os três primeiros colocados da bateria, que contou com cinco duplas. E não decepcionaram. Largaram na frente e mantiveram a dianteira durante os 1.000 metros. Na metade da prova, Isaquias e Jacky abriram boa vantagem sobre os rivais e terminaram com o melhor tempo das quartas.
O segundo lugar da bateria ficou com os ucranianos Pavlo Altukhov e Dmytro Ianchuk (3min49s356), logo à frente dos romenos Catalin Chirila e Victor Mihalachi (3min51s565). As semifinais estão marcadas para começar às 21h45 desta segunda (de Brasília). Se confirmarem o favoritismo, os brasileiros disputarão a final às 23h50.
As duas baterias, de eliminatória e quartas de final, marcaram a estreia de Isaquias no Japão. Primeiro brasileiro a conquistar três medalhas numa mesma edição dos Jogos, no Rio-2016, ele chegou a Tóquio com status de favorito ao pódio. E avisou que sua busca é pelo ouro, após deixar escapar no Rio de Janeiro, quando faturou duas pratas (C1 1000 e C2 1000) e um bronze (C1 200).
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Na capital japonesa, o canoísta vai disputar apenas duas provas. Além da C1 1.000m, vai competir no C2 1.000m. E na disputa em duplas compete ao lado de Jacky, estreante em Jogos, porque seu parceiro habitual, Erlon de Souza, medalhista também no Rio-2016, se machucou meses antes da Olimpíada.
BRASILEIRO no K1
Outro representante do Brasil na canoagem velocidade, Vagner Souta também precisou passar pelas quartas de final ao ficar no quinto e último lugar em sua bateria classificatória do K1 (caiaque) 1.000 metros, com 3min57s178. Como acontece no C1 e no C2, somente os dois primeiros avançam direto às semifinais.
Pouco depois, pelas quartas de final, Souta terminou sua bateria no terceiro lugar, com 3min52s402, e não conseguiu passar à semifinal. Somente os dois primeiros avançaram. Assim, o canoísta se despediu de Tóquio.
Aos 30 anos, o brasileiro disputava sua segunda Olimpíada. Na primeira, no Rio-2016, competiu no K4, quando ficou em 13º entre 14 caiaques, formando quarteto com Roberto Maehler, Celso Oliveira e Gilvan Bitencourt Ribeiro.
Na capital japonesa, estava apenas no K1. Nascido em Guarantã do Norte (MT), mas radicado em Cascavel (PR), Souta chegou a frequentar o seminário, quando cogitou virar padre. E esteve no Exército Brasileiro até que, em 2009, se encantou pelos caiaques Quatro anos depois, já estava na seleção brasileira.
Em 2015, viveu seu melhor ano na canoagem velocidade. Conquistou duas medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto: prata no K4 1 000m e bronze no K2 1.000m. No Pan de Lima-2019, foi bronze no K1 1.000m.