Em meio às discussões em relação ao retorno dos campeonatos, o técnico Gilmar Dal Pozzo alertou para a necessidade do calendário brasileiro ter datas suficientes para concluir as competições. O treinador do Náutico enxerga prejudicial aos times a possibilidade de ter que jogar três vezes por semana. Com o futebol nacional paralisado há mais de um mês em razão da pandemia do novo coronavírus, o futuro do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste segue indefinido.
"Nós precisamos de datas para o calendário não ficar apertado com a disputa dos campeonatos estaduais junto com o Campeonato Brasileiro e os times jogando três jogos da semana. É impossível por conta da logística, principalmente depois que a Série B começar. Se for assim os jogos não vão ser de qualidade e a gente vai receber críticas porque não se joga um bom futebol para atender um calendário", comentou o técnico Gilmar Dal Pozzo.
Questionado sobre a possibilidade de encerrar a disputa do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste, o treinador alvirrubro preferiu não emitir opinião. "É uma decisão que não é minha. Não me consultaram para isso e não sei se teria que consultar. É uma decisão muito difícil para as federações e a própria CBF em relação ao calendário, vão ter que se reinventar, achar solução, é uma decisão deles", destacou.
Na última segunda-feira (20), aconteceu a primeira reunião com representantes dos clubes e da federação para tratar protocolos médicos visando o retorno dos treinamentos em Pernambucano. Ainda com a indefinição em relação ao retorno das atividades, Gilmar Dal Pozzo ressaltou a importância de um período para preparação das equipes, como uma mini pré-temporada, antes do reinício dos campeonatos.
"Nós precisamos de 15 ou 20 dias no mínimo para fazer uma boa preparação e entrar em uma condição aceitável para disputar o Estadual e o Campeonato Brasileiro. Tem que colocar na mesa e levar em consideração isso também. A gente também tem que ter a segurança em relação a saúde dos atletas, da imprensa e do próprio torcedor. Se não tem essa segurança pode prejudicar mais ainda a sequência da saúde de todos no geral", ressaltou Dal Pozzo.