O imbróglio entre o lateral-esquerdo Kevyn e o Náutico ganhou mais um capítulo na noite dessa quarta-feira (26). Isso porque a juíza Marília Leal Montenegro Spinelli concedeu a rescisão unilateral do contrato do defensor com o clube alvirrubro por atrasos salariais e não recolhimento do FGTS. Com a decisão, o atleta fica livre no mercado para assinar com outra equipe, enquanto o Timbu ainda foi condenado a pagar R$ 70.050,68 ao lateral.
Procurado pela reportagem do Jornal do Commercio nesta quinta-feira (27), o vice-presidente jurídico do Náutico, Bruno Becker afirmou que o clube vai apresentar um recurso para cassar a decisão, assim como fez nas outras etapas do processo, onde, inclusive, obteve êxito.
"Recebemos com bastante tranquilidade. O clube vai recorrer da sentença. Mas estamos tranquilo porque quem proferiu a sentença foi a mesma juíza que lá no início do processo concedeu uma liminar baseada nos mesmos fatos desta sentença, e a liminar da época foi cassada pelo tribunal diversas vezes. O processo segue e o clube permanece firme no entendimento de que está no direito e vamos reverter isso no tribunal, como já revertemos a liminar concedida por essa própria juíza", explicou.
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A briga judicial entre Kevyn e o Náutico iniciou no dia 22 de fevereiro, quando o lateral-esquerdo alegou atrasos salariais e o não recolhimento do FGTS para conseguir uma liminar garantindo a rescisão de contrato com o Timbu, que ia até o fim do ano. Na época, a decisão favorável também foi expedida pela juíza Marília Leal Montenegro Spinelli, que considerou atrasos nos salários dos meses de novembro, dezembro e janeiro e 13º, além de outro atraso nos seis meses no recolhimento do FGTS.
Na sequência, o Náutico negou que devia salários ao jogador e entrou com uma liminar recorrendo da decisão, que foi revogada pela juíza Patrícia Pedrosa Souto Maior, do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região. Na decisão, ela afirmou que o Timbu pagou os salários atrasados e os valores em aberto do FGTS. Com isso, ficou decidido que o jogador deveria se reapresentar ao clube alvirrubro imediatamente, fato que não aconteceu. Como não voltou aos Aflitos, o Náutico estudava, inclusive, entrar com uma ação contra o jogador.
Com a decisão dessa quarta-feira, o processo entra em uma nova fase, e a briga judicial entre as partes continua. "Essa decisão de agora é o julgamento do mérito do processo. E a mesma juíza que julgou a liminar, julgou mais uma vez favorável a Kevyn. Na verdade, esse é o fim da primeira fase do processo. Agora entra na fase dos recursos. Nós vamos recorrer e reverter essa situação", finalizou o vice-presidente jurídico, Bruno Becker.