Esta semana comprova que os governistas não estão dando conta de estancar o desgaste de Jair Bolsonaro nem nas redes sociais, arena onde o presidente e seus apoiadores quase sempre mantiveram a prevalência. O governo contava com 33,5% de manifestações positivas em abril, porém, até ontem (13) o apoio recuou para 1,8%. Os índices de aprovação do presidente estão acima desse patamar, mas a trajetória de queda é similar: o apoio recua de 36,7% para 26,3%. É o que indica levantamento exclusivo feito pela .MAP, agência de análise e dados de mídia.
- Se autoridades como Bolsonaro e Mourão não forem responsabilizadas criminalmente, de nada terá valido a CPI da Covid
- Aprovação de Bolsonaro cai para 24% e atinge pior marca desde o início do governo, aponta Datafolha
- Ao chamar relator da CPI da covid de "vagabundo", Flávio Bolsonaro interrompe a discussão sobre prisão de Wajngarten
- 'Pode levar esses dois santinhos para longe de mim', diz Daniel Coelho sobre Renan Calheiros e Flávio Bolsonaro
- Sob pressão de Bolsonaro, Congresso começa a discutir voto impresso para 2022
- CPI da Covid: gerente-geral da Pfizer diz que Carlos Bolsonaro, vereador, esteve presente em reunião para negociar vacinas
Bad news
A queda no apoio é ancorada por uma agenda negativa, que os perfis de direita, entre manifestantes, políticos e influenciadores, não conseguiram reverter.
Nesta semana, os reflexos da ação policial no Jacarezinho, a CPI da Covid, o churrasco com a "picanha de ouro" e o "tratoraço" pressionaram negativamente o governo.
Tiro CPI e trator
O índice de positividade da ação policial no Jacarezinho foi de 23% no período, com apoio somente do público de direita. O tema foi o mais comentado nas redes sociais, com uma participação de 15,6%.
A CPI da Covid foi o terceiro tema mais comentado no período, com participação de 7%, tendo um índice de positividade elevado: o trabalho dos governistas na comissão não vem surtindo muito efeito.
O "tratoraço", revelado pelo Estadão, foi o quarto assunto mais comentado no Twitter e perfis abertos do Facebook, com participação de 6%. Já o caso da picanha concentrou 2% das menções nas redes sociais no mesmo período.
Não será a vacina
Líderes da oposição estão convencidos de que o governo, por ora, permanece imune e insensível a qualquer atraso a remessas de matérias-primas para a produção das vacinas contra a covid-19 produzidas pela China.
A conversa mudaria de rumo se houvesse retaliações dos chineses sobre as exportações do agronegócio do País.
Passando a boiada Arthur Lira parece decidido em seguir à risca a cartilha dos bolsonaristas.
Não entendi
A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) criticou a insistência de Jair Bolsonaro em defender o nome de Tarcísio Freitas para disputar o Palácio dos Bandeirantes.
Cadê?
O deputado estadual Gil Diniz, do mesmo partido que ela, reagiu: "Apresenta um nome, então, vai só criticar o nome colocado pelo presidente? Ela teve dois milhões de votos, mas parece que tem outros planos..."
Missão
Consultada, Janaína disse que não está interessada em disputar o governo, mas que muitos eleitores pedem a ela para encarar "a missão". A deputada ora bate, ora assopra o governo Bolsonaro.
Polo alternativo
Vereadores do PSDB da capital paulista vão tomar café da manhã com Geraldo Alckmin hoje, 14, dia em que Rodrigo Garcia assinará sua filiação ao partido tucano.
O movimento dos vereadores paulistanos indica que o ex-governador do Estado, se ficar no partido, se manterá como um contraponto ao grupo de João Doria e de Garcia dentro do PSDB. (COLABORARAM PAULA BONELLI E PEDRO VENCESLAU)
PRONTO, FALEI!
Antonio Neto - Presidente municipal do PDT de São Paulo
"Ao prestar o lamentável papel de defender o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, a AGU mostra que virou a Advocacia dos Genocidas da União."