Pela primeira vez, OMS fala em possibilidade de vacina contra o coronavírus para este ano

A OMS elabora um planos para ajudar a decidir quem deveria receber as primeiras doses quando uma vacina for aprovada, afirmou a cientista
Estadão Conteúdo
Publicado em 19/06/2020 às 8:19
A luta contra pandemia tem gerado uma corrida pela busca da vacina no mundo Foto: Foto: AFP


A Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que centenas de milhões de doses de uma vacina contra o novo coronavírus possam ser produzidas ainda neste ano e outros 2 bilhões de doses até o fim do ano que vem, afirmou nesta quinta-feira a cientista-chefe da organização, Soumya Swaminathan.

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A OMS elabora um planos para ajudar a decidir quem deveria receber as primeiras doses quando uma vacina for aprovada, afirmou a cientista. A prioridade seria dada a profissionais da linha de frente, como médicos, pessoas vulneráveis por causa da idade ou outra doença e a quem trabalha ou mora em locais de alta transmissão, como prisões e casas de repouso.

"Estou esperançosa, estou otimista. Mas o desenvolvimento de vacinas é uma empreitada complexa, envolve muita incerteza", disse ela. "O bom é que temos muitas vacinas e plataformas, então, se a primeira fracassar ou se a segunda fracassar, não deveríamos perder a esperança, não deveríamos desistir."

Cerca de dez imunizantes em potencial estão sendo testados em humanos, na esperança de que um possa se tornar disponível nos próximos meses para prevenir a infecção da covid-19. Países já começaram a fazer acordo com empresas farmacêuticas para encomendar doses antes mesmo de se provar que alguma funciona. Soumya descreveu o desejo por milhões de doses de uma vacina ainda neste ano como otimista, acrescentando que a esperança de até 2 bilhões de doses de até três vacinas diferentes no ano que vem é um "grande se".

Sem mutação

A cientista afirmou que os dados de análise genética coletados até agora mostraram que o novo coronavírus ainda não passou por nenhuma mutação que alteraria a gravidade da doença que causa.

A Agência Europeia de Medicamentos estimou em maio, sendo "otimista", que uma vacina poderia estar pronta em um ano. No mesmo período, a OMS ainda falava em 18 meses.

Mas muitos países já esperam desenvolvimentos até o fim do ano, até para evitar uma segunda onda da epidemia com a chegada do inverno no Hemisfério Norte. Assim, os Estados Unidos esperam distribuir 300 milhões de doses em janeiro de 2021, por meio de projetos de financiamento a laboratórios. No caso, a intenção também é dar prioridade a idosos, cidadãos com histórico médico e trabalhadores essenciais.

Na China, a empresa farmacêutica estatal Sinopharm, que atualmente prepara duas vacinas em potencial, espera lançá-las no mercado até o início de 2021. Na Europa, onde vários projetos estão em andamento, esses prazos também estão em queda. Alemanha, França, Itália e Holanda assinaram um acordo com a AstraZeneca para fornecer à UE 300 milhões de doses. Grupos farmacêuticos repetem que as vacinas serão vendidas a um preço acessível, e mesmo a preço de custo. A AstraZeneca prometeu "não lucrar nada", segundo o presidente Olivier Nataf, que estima um preço de 2 euros (US$ 2,24 ) por dose. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Confira o passo a passo de como lavar as mãos de forma adequada

 

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