Um bebê, nascido na última sexta (23), no Hospital Universitário San Jorge, na cidade de Huesca, na Espanha, apresentou anticorpos contra o novo coronavírus. O recém-nascido passou por um teste sorológico. Ele ainda chegou a testar positivo para a covid-19 em um primeiro teste PCR, porém, em um outro tipo de exame, negativou para a doença. Este último tipo de verificação coletou amostras do nariz ou da garganta da criança com cotonetes.
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De acordo com o site UOL, informações da imprensa espanhola destacaram que esse caso intrigou os médicos, por conta do primeiro diagnóstico positivo para o coronavírus. Contudo, depois de ser respeitado o protocolo de esperar 48 horas para a realização de um novo teste PCR, o diagnóstico negativo leva a acreditar que o recém-nascido pode ter adquirido os anticorpos pela placenta da mãe, o que acontece raramente no mundo. O mais frequente é quando há a presença do vírus no bebê, que pode acontecer até pela contaminação do ambiente.
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No caso do recém-nascido espanhol, a hipótese de transmissão pela placenta é a mais provável, uma vez que os bebês não são capazes de gerar por si mesmos a imunidade contra o novo vírus. O processo é chamado de transmissão vertical.
A mãe, que deu à luz na última sexta, já tinha testado positivo para o novo coronavírus num teste PCR quando deu entrada no hospital. Isso reforça a ideia de transmissão dos anticorpos pela placenta, que fornece nutrientes da mãe para o feto.
Ainda existe a possibilidade de transmissão no parto, quando o bebê indica positivo para a presença do coronavírus, o que não foi o caso do recém-nascido na Espanha, porque o segundo exame PCR deu negativo para covid.
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Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.